Cassems começa a cobrar plano de saúde de 4 mil trabalhadores e revolta equipes

“O pessoal está bem decepcionado e bravo”, afirma uma das quatro mil trabalhadoras de um dos dez hospitais da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul). Enfermeiros, técnico de enfermagem, administrativos e equipe multidisciplinar das unidades, contratos em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) alegam que foram surpreendidos com o comunicado de que passarão a ter o benefício do plano de saúde descontado do salário, como os servidores de Mato Grosso do Sul. “Comunicamos que a partir da competência de janeiro/25 (salário em fevereiro) iniciaremos o desconto do Plano de Saúde Cassems conforme previsto no Item 3 no Termo de Responsabilidade e Autorização de Desconto em folha de Pagamento assinado em agosto/23, nos mesmos moldes e limites dos servidores do governo do estado, qual seja – 6% somente o titular, 7% com um dependente, 7,25% com dois dependentes e 7,50% para três ou mais dependentes”, informou a Cassems via mensagem de Whatsaap para os trabalhadores. Até então, todos os trabalhadores das equipes de saúde, com exceção dos médicos, que são contratados como PJ (Pessoa Jurídica), pagavam apenas a taxa de coparticipação de R$ 26. Mesma situação para seus dependentes. De acordo com outro servidor, que também não quis se identificar, o problema é que há pouco tempo para realizar o ajuste nas contas. “Isso é revoltante e causa um nível de estresse desnecessário. A gente tinha o plano como benefício. Se sentia reconhecido e valorizado. E aí, do nada tiram”, lamentou. No comunicado, ainda há o pedido que aqueles trabalhadores que não quiserem permanecer no plano de saúde e ter o desconto no salário, terão que assinar o termo de cancelamento até a próxima segunda-feira (20). Em nota, a Cassems informou que a contribuição para o plano de saúde será realizada “em paridade, com partes custeadas pelo colaborador e pela Cassems. Essa medida assegura benefícios importantes, como o direito de permanência no plano nos casos de aposentadoria ou desligamento, conforme previsto na legislação vigente”. A reportagem procurou o presidente do Sintesaúde (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores Em Estabelecimento de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul), Osmar Gussi, mas ele não atendeu as ligações e nem retornou as mensagens para falar sobre o assunto. O espaço segue aberto.  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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