Morte de bebê após suspeita de virose é investigada pela Polícia de Amambai

O bebê Emanoel Tobias Marques tinha apenas quatro meses de vida quando morreu, na manhã da última terça-feira (14), no Hospital Regional de Amambai. O óbito ocorreu cerca de 24 horas após os pais ouvirem que a criança estava com suspeita de virose. O caso é investigado como “morte a esclarecer” pela Polícia Civil da cidade. Pai do menino, o advogado Willian Moreira conta que ele e a esposa começaram a se preocupar com a febre e a diarreia que o filho apresentava na segunda-feira (13) de manhã. Primeiro, o levaram para a UBS (Unidade Básica de Saúde) Vila Guape. Médica que avaliou o paciente no local disse suspeitar de virose e receitou medicamentos.  Emanoel continuava com febre e foi atendido depois no posto de saúde central de Amambai, onde já tinha uma consulta agendada com uma pediatra na tarde do mesmo dia. À médica, os pais informaram que todos os remédios indicados pela manhã foram comprados, com exceção à dipirona, já que o menino estava sendo medicado com paracetamol. A pediatra examinou a garganta do paciente e percebeu que havia uma inflamação. Ela prescreveu outro medicamento, segundo o pai. Hospital – Mas a febre não melhorou à noite, só aumentou. “Vimos que a temperatura ia subindo cada vez mais e a gente não pode ser negligente nessa hora”, relata Willian. O menino foi levado então para o Hospital Regional de Amambai na madrugada do dia seguinte. O bebê foi atendido inicialmente por um enfermeiro, que administrou uma compressa de água gelada e álcool, além de um medicamento que o pai diz não lembrar o nome. “Com toda essa situação, a gente acaba esquecendo”, justifica. Cerca de 30 minutos depois, apareceu um médico. “O doutor perguntou se ele já havia tomado dipirona e nós dissemos que não. Ele decidiu aplicar o medicamento na via intramuscular e aguardamos ali alguns momentos”, continua o advogado. O enfermeiro voltou e perguntou como estava Emanoel, ao que os pais afirmaram “ainda estar com febre”. O paciente foi liberado para voltar para casa. “Nos chamou atenção que nos liberaram e não procuraram examinar, internar para observação”, destaca o pai. Últimas horas – Na manhã da terça-feira, os pais notaram que a pele de Emanoel estava roxa e ele parecia estar com sintoma de alergia. Voltaram ao hospital, mas o estado de saúde estava mais grave. “Fizeram procedimentos na emergência, urgência, todos os procedimentos que tinham que ser feitos, fizeram. Porém, por volta das 10h, o meu filho veio a óbito”, lamenta o pai.  Sem entender qual a causa da morte, o casal resolveu ir até a Delegacia de Polícia da cidade para registrar um boletim de ocorrência e pedir uma investigação sobre o que levou à perda de seu único filho. O caso é apurado.  “É difícil suportar. Não estamos acusando ninguém, só estamos buscando esclarecimentos das autoridades competentes. Nosso filho era saudável, queremos explicações”, afirma Willian. Vídeo e nota – A Prefeitura de Amambai publicou um vídeo nas redes sociais onde o secretário municipal de Saúde, Alessandro Godoi, presta solidariedade à família, oferece apoio e diz ter solicitado os prontuários para entender o que aconteceu. Em nota oficial, a prefeitura reforçou que “já solicitou ao Hospital Regional os prontuários de todos os atendimentos realizados, com o objetivo de apurar as circunstâncias do ocorrido e colaborar para o total esclarecimento dos fatos”.  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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