Sindicato de policiais rodoviárias se manifesta contra PEC da Segurança Pública

Após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apresentar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Segurança Pública, o SINPRF/MS (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul) se manifestou contra a medida. O posicionamento segue o da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), que também considera um retrocesso.  Por nota, Wanderley Alves do Santos, presidente do sindicato, disse que a PEC não vai ajudar a combater o crime organizado, mas facilitar o trabalho criminoso. “O que era para combater o crime organizado vai acabar por favorecê-lo, pois em vez de desburocratizar as investigações com a efetivação do ciclo completo de polícia, voltamos à estaca zero”.  Ainda segundo o presidente, a PRF em Mato Grosso do Sul tem uma experiência já comprovada pelos números de policiamento dos crimes transnacionais na fronteira. É um dos estados que mais apreende drogas não apenas no Brasil, mas no mundo. “A discussão ignorou este ponto que poderia dar garantia jurídica na atuação da PRF no policiamento de Fronteira”, explica. Em 2024, foram apreendidos em todo o Brasil 808 toneladas de drogas, um aumento de 23% com relação ao ano anterior. Desse total, só de maconha e cocaína oriundas de Mato Grosso do Sul, foram 271 toneladas. Por fim, ele também questiona a mudança da sigla PRF para PVA (Polícia Viária Federal). “Temos uma marca consolidada há quase 100 anos e mudar o nome é negar nossa história de cidadania. Sem falar do custo para trocar uniformes, equipamentos e todo tipo de insumos que isso implicará. Temos mais de 13 mil PRFs em todo o Brasil. Isso tudo precisa de estudos técnicos”, termina.  Entenda –  Lewandowski enviou à Casa Civil uma versão revisada da PEC no último dia 15, incorporando sugestões de governadores e membros do ministério. Em resumo, reestrutura as competências dos estados e municípios na segurança; inclui representantes da sociedade civil; cria fundos para custeio da segurança; atualiza as competências das policiais federais e reforça ferramentas de corregedorias e ouvidorias. Ao divulgar a revisão, o ministro defendeu que as mudanças visam fortalecer a segurança pública no Brasil, assegurando a autonomia dos estados e a participação da sociedade civil na formulação de políticas para o setor.   Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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