A deportação de Trump: razões e características

Brasileiros sendo deportados pelos EUACasa Branca/Divulgação

Donald Trump, recém empossado presidente dos EUA, colocou em marcha seu plano de deportação em massa, devolvendo aos países de origem — especialmente latino-americanos — milhares de imigrantes ilegais.

A ação é o cumprimento de uma promessa de campanha, mas é entremeada de histrionices típicas do presidente eleito, um homem formado em programas televisivos e que bem sabe o poder da comunicação na formação de uma dada imagem ou na veiculação de uma mensagem.

A deportação de imigrantes ilegais é praticamente um dever de Trump como governante. Já ameaça de não se reconhecer os nascidos em solo norte-americano como estadunidenses de fato, só pode ser bravata, afinal, a constituição dos EUA assegura tal condição, e a Suprema Corte também.

Donald Trump assina decretos presidenciais no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, em 20 de janeiro de 2025JIM WATSON

A ação visa atender dois objetivos claros: criar algum nível de restrição de acesso àquele mercado de trabalho e enfrentar uma situação de frança ilegalidade, algo tão intenso a ponto de ter criado um verdadeiro mercado paralelo, por meio da figura do infame “coiote”, traficantes de pessoas que lucram com esse fluxo ilegal de famílias inteiras nas fronteiras mexicanas.

Se a deportação continuar sendo conduzida como se tem observado no momento atual, dificilmente haverá algum movimento de resistência organizada da sociedade ou mesmo de grupos de latinos, bastante presentes na sociedade norte-americana.

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