Simpática à ditadura, Regina Duarte elogia filme contra o golpe indicado ao Oscar

Foto de Regina Duarte no Conversa com Bial

Regina Duarte elogiou Ainda Estou Aqui (2024), filme de Walter Salles indicado a três categorias no Oscar sobre um assunto bem delicado: a Ditadura Militar, que durou no Brasil entre 1964 e 1985. A atriz teceu bons comentários sobre a produção e chegou a mencionar as dificuldades enfrentadas por Eunice Paiva (1929-2018) durante o regime, mencionando “tempos de comprometimento difíceis”. Não seria estranho seu comentário se ela não tivesse minimizado as repressões do regime quando trabalhou como secretária de Cultura do governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2020.

Em resposta a um internauta nas redes sociais, a Raquel de Vale Tudo (1988) contou que assistiu ao longa e elogiou a heroína da história, protagonizada por Fernanda Torres. “Sim, assisti. Acho a direção primorosa, elenco ótimo e a atuação da Fernanda Torres contida, na medida certa, respeitando certamente a Eunice”. Ela ainda valorizou e prestou sua admiração à viúva de Rubens Paiva (1929-1971). “Heroína brasileira grandiosa vivendo tempos de comprometimentos difíceis”, descreveu a veterana.

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O que Regina Duarte disse sobre a ditadura militar?

Regina Duarte deu uma declaração polêmica durante entrevista à CNN Brasil em 2020. Ela chegou a ser processada por supostamente fazer apologia a crimes de tortura praticados durante a ditadura militar.

“Eu acho essa coisa de esquerda e direita tão abaixo do patamar da cultura. Agora por que eu estou apoiando o governo Bolsonaro? Porque eu acredito que ele era e continua sendo a melhor opção para o país. E aí você diz assim ‘Ah mas ele fez isso, ele fez aquilo’, eu não quero ficar olhando para trás, se eu ficar olhando para o retrovisor, eu vou dar trombada”, declarou ela.

“Posso cair num precipício ali na frente. Tem que olhar para frente, tem que ser construtivo, tem que amar o país”, acrescentou. “O que eu tenho hoje? Eu tenho isso? É com isso que eu vou lidar. Ficar cobrando coisas que aconteceram nos anos 60, 70, 80, gente, ‘vambora’, ‘vambora’ para frente [referenciando o jingle da Copa do Mundo de 1970, que representava a ditadura de 1964]”, continuou.

Questionada sobre as mortes da ditadura, Regina Duarte comentou: “Desculpa, eu vou falar uma coisa assim: na humanidade, não para de morrer. Se você falar ‘vida’, do lado tem ‘morte’. Por que as pessoas ficam ‘oh, oh, oh!’? Por quê?!”. Ela também minimizou os crimes de tortura praticados no regime.

“Mas sempre houve tortura. Meu Deus do céu… Stalin [1878-1953], quantas mortes? Hitler [1889-1945], quantas mortes? Se a gente for ficar arrastando essas mortes, trazendo esse cemitério… Não quero arrastar um cemitério de mortos nas minhas costas e não desejo isso pra ninguém. Eu sou leve, sabe, eu estou viva, estamos vivos, vamos ficar vivos. Por que olhar pra trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões”, concluiu.

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