Fundos imobiliários “baratos”: veja FIIs com desconto acima de 30% 

O mercado de fundos imobiliários mantém nesta segunda semana de fevereiro a tendência apontada por especialistas desde o começo de 2025: um mercado pressionado por fatores externos, mas com boas opções para o investidor focado no longo prazo.

A Selic em 13,25% ao ano, com previsão de nova alta de um ponto percentual na próxima reunião do Copom, em março, é o principal fator externo a pressionar o preço dos FIIs e o IFIX, que caiu 3,07% em janeiro e fechou a primeira semana de fevereiro com queda acumulada de 0,46%.

Além dos juros presentes, os juros futuros também entram na conta, e eles seguem pressionados para cima devido principalmente ao risco fiscal. A dificuldade do governo em estabelecer metas factíveis de redução de gastos e a pressão inflacionária deixam nos investidores a impressão de que a Selic ficará alta por muito tempo, mantendo as projeções em alta.

Tudo isso impacta o chamado P/VP, indicador que mede a relação entre o preço de negociação de um ativo no mercado e seu valor patrimonial, considerado um valor mais consolidado e com menor flutuação – no caso dos FIIs, atualizado mensalmente.

Levantamento da Economatica, empresa de inteligência de dados do Grupo TC, aponta que os fundos que fazem parte do IFIX, considerados os mais sólidos e respeitados do mercado, apresentavam um P/VP médio de 0,83x, considerando os preços de negociação em 31 de janeiro. O número representa uma leve queda em relação ao fim de dezembro, quando esse indicador era de 0,86x.

Fundos imobiliários “baratos”: confira 18 opções

A lista abaixo apresenta 18 FIIs, todos eles componentes da atual carteira teórica do IFIX, com P/VP abaixo de 0,7x, ou seja, com desconto superior a 30% em relação a seu valor patrimonial. O cálculo foi atualizado com o valor de fechamento na última sexta-feira, 7 de fevereiro, e o valor patrimonial diz respeito à atualização de 31 de dezembro informada pelos fundos.

Vale lembrar que este texto não é uma recomendação de investimentos e que, na visão de especialistas, o preço não pode ser o único fator de escolha de um fundo imobiliário para investimento. 

Por exemplo, no caso dos FIIs de tijolo, é preciso observar a qualidade do portfólio, os índices de vacância, o tempo médio dos contratos em vigor e o percentual de contratos atípicos. Esses contratos oferecem mais segurança para os FIIs em caso de rescisão antecipada, em alguns casos com multas até o fim do tempo de acordo.

No caso dos FIIs de papel, é possível obter retornos atrativos com fundos imobiliários indexados em CDI. Eles tendem a se beneficiar do cenário de Selic em patamares mais elevados, com maior obtenção de receitas e, consequentemente, distribuição de dividendos, que seguem isentos para as pessoas físicas que investem em fundos imobiliários.