Campanha sobre gravidez precoce orienta jovens no Noroeste

  Uma gravidez em plena adolescência retira a jovem do curso natural de descobertas e vivências, “roubando” uma fase muito rica da vida. Essa foi uma das mensagens passadas durante um encontro no Cras (Centro de Referência em Assistência Social) do Jardim Noroeste, bairro localizado na saída para Três Lagoas, região do Complexo Penitenciário de Campo Grande. O evento envolveu o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e profissionais da saúde e assistência social do Município. O promotor da área da Infância e Juventude, Nicolau Bacarji Junior, foi um dos participantes. A Promotoria tem iniciativa sobre o tema há três anos, nesta época as atividades ocorrem concomitante com a  Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O foco é dizer aos jovens que é preciso viver a adolescência e evitar a gravidez nesta fase. Os técnicos aproveitaram a reunião mensal realizada para entrega de cestas básicas, com oportunidade de falar a um grupo grande de pessoas, muitas delas mães. O Cras do Noroeste atende cerca de cinco mil famílias. “Quando ocorre uma gravidez na adolescência, vemos que algo é roubado dessa fase de descobertas. A adolescente precisa assumir responsabilidades que não está preparada para enfrentar, o que pode gerar danos psicológicos e aumentar a vulnerabilidade social”, alertou a psicóloga Thailise Antero. A responsável pelo Cras, Stephanie Santana descreveu ao grupo como a gravidez na adolescência impacta no dia a dia das jovens, diante dos casos que são atendidos na unidades. “A menina às vezes não consegue terminar os estudos, ela precisa de um Bolsa Família, ela precisa de um acompanhamento, a gente precisa às vezes encaminhar para o Conselho Tutelar para entender como está sendo essa evolução da família e tudo mais”, elenca a coordenadora Stephanie Santana. No caso do MP, as orientações envolvem a distribuição de uma cartilha, com esclarecimentos em uma linguagem simples. O promotor que atua na área da infância e adolescência, Nicolau Bacarji Junior, também alertou sobre a relevância de falar aos jovens sobre a prevenção da gravidez precoce.” Uma forma de preservar esses direitos é justamente sensibilizando os jovens a adiar o processo de gravidez, pois isso gera várias consequências dentro da família, para o futuro profissional do jovem, além de questões de evasão escolar e da própria saúde da criança e da adolescente”, declara o Promotor de Justiça Nicolau Bacarji Junior.