Governo reforça combate aéreo ao fogo construindo pistas no Pantanal

Os últimos anos de combate intenso aos incêndios florestais que devastaram o Pantanal mostraram que o desafio não se resume ao enfrentamento ao fogo no solo, com tem sido feito de forma heroica pelos bombeiros e brigadas voluntárias. O acesso a regiões inóspitas ou distantes e sem estradas dificulta as ações de controle e prevenção ao fogo no bioma. Como parte do planejamento que já está sendo implementado para as ações preventivas e de enfrentamento ao período crítico da longa e severa estiagem na região, o governador Eduardo Riedel autorizou a construção de duas pistas para pouso de aeronaves no meio do Pantanal. Para os estrategistas do Corpo de Bombeiros, a logística é fundamental para o sucesso das operações na fase aguda dos incêndios. Os aeródromos com pistas pavimentadas serão construídos na fazenda Novo Horizonte, sub-região da Nhecolâdia, distante 90 km por estrada a leste de Corumbá, e no Porto São Pedro, situado da Serra do Amolar, uma das regiões mais preservadas do ecossistema pantaneiro. As duas propriedades já possuem pistas de grama para pequenas aeronaves e estão localizadas em pontos estratégicos. Planejamento Com estrutura operacional (abastecimento de água e combustível), as bases darão suporte aos aviões Air Tractor, usados no combate aéreo ao fogo. Atualmente, o sistema de abastecimento para estas aeronaves é montado no aeroporto internacional de Corumbá, distante centenas de quilômetros dos pontos onde estão ocorrendo os focos de calor em razão da extensão territorial do Pantanal. As pistas fazem parte do Plano Aeroviário Estadual, lançado em 2023 pelo Governo do Estado, com estimativa de investimento de investimento de R$ 250 milhões até 2026. Ao autorizar as obras, em sua visita a Corumbá, na quinta-feira, o governador Eduardo Riedel assegurou recursos de R$ 17m5 milhões para as duas obras, as quais considera estratégicas para maior eficiência e agilidade das operações de combate ao fogo. “Os impactos ambientais e econômicos causados pelos incêndios, nos últimos anos, foram determinadas para essa tomada de decisão, que consideramos prioritária”, disse Riedel, acrescentando que o planejamento para as ações de prevenção e enfrentamento ao fogo neste ano está pronto. “O efetivo (do Corpo de Bombeiros) e os equipamentos estão preparados e o investimento disponível”, garantiu. “Vamos torcer para que as condições meteorológicas melhorem e não sejam favoráveis aos incêndios.”
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