Capital tem fenômeno de bancos cooperativos, mas setor ainda pode crescer muito

A pessoa mais observadora deve ter percebido como Campo Grande conta com um número crescente de agências bancárias do sistema cooperativo- como Sicoob e Sicredi- distribuídas em pontos centrais, áreas nobres e também em bairros. É a Capital com o maior número desse tipo de agência, 42, contando com 150 mil participantes, que são cooperados e não apenas correntistas, como na rede bancária comum. A relevância do modelo cooperativo, as possibilidades de crescimento no Estado, a distribuição de lucros são alguns dos temas que o presidente de uma Cooperativa Sicredi e da OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras em MS), Celso Ramos Regis, falou em entrevista ao Podcast Na Íntegra. Ele ingressou nessa área por meio da primeira cooperativa bancária do estado, formada por servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), criada em 1988, quando elas eram obrigadas a ser segmentadas. Hoje qualquer pessoa pode entrar em uma agência, participar com um valor e se associar. Para Regis, a ampliação do modelo na Capital deve-se à divulgação e aos resultados que oferece, uma vez que não colhe lucros, mas os compartilha com os associados. O Observatório do Cooperativismo da UFMS está avaliando essa expansão. O cooperativismo pode se estruturar em sete ramos, que são créditos, saúde, infraestrutura, transporte, trabalho e serviços, consumo e agro. O presidente da OCB aponta que as duas bases do modelo são o econômico, que busca sucesso financeiro dos associados, e social, com o compartilhamento da riqueza conforme cada integrante produziu.  É preciso ganhar dinheiro para fazer o social Nos setores produtivos, Mato Grosso do Sul tem uma presença forte de cooperativas nas atividades rurais, com destaque para o armazenamento de grãos. Essa semana, o governador Eduardo Riedel foi a evento do setor em Cascavel (PR) para tentar atrair mais cooperativas. Regis também participou. Ele defende que é preciso diversificar a produção primária para atrair agroindústrias e investir no processamento, em vez de exportar as commodities. Queremos mais agroindústrias. MS é centralizado e tem a logística sendo trabalhada para oferecer
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