RBRF11 anuncia lucro 118,4% maior e gestão explica motivos; confira quais

O fundo imobiliário RBRF11 anunciou um lucro de R$ 11,764 milhões em janeiro de 2025, um crescimento de 118,4% em comparação com o mês anterior, quando o resultado foi de R$ 5,386 milhões.

Esse aumento é atribuído principalmente ao crescimento nas receitas do FII RBRF11, que somaram R$ 12,491 milhões no período, sendo R$ 10,731 milhões provenientes de rendimentos.

Com esse resultado, o fundo distribuiu R$ 8,208 milhões em dividendos, o que equivale a R$ 0,06 por cota. A distribuição realizada em fevereiro resultou em um Dividend Yield (DY) anual de 12,1%, considerando o valor de mercado do FII no final de janeiro. Naquele momento, a reserva acumulada era de R$ 0,079 por cota.

Um fator importante para o melhor desempenho do fundo, segundo a RBR Asset, foi o impacto positivo da distribuição de dividendos de certos ativos, como o RBR Malls e o fundo Global Apartamentos FII, além da amortização do CRI GE Barueri.

Assim, o FFO (Funds from Operations) do fundo aumentou de R$ 0,055 para R$ 0,06 por cota. A gestão do fundo RBRF11 diz estar trabalhando para continuar com esse crescimento ao longo do semestre, com a expectativa de que esses dividendos sejam complementados por ganhos de capital de estratégias como o FII Global Apartamentos e fundos de desenvolvimento.

Cenário atual do mercado e novos investimentos do RBRF11

A gestão do fundo imobiliário RBRF11 destaca que janeiro foi um mês de grande volatilidade, com incertezas políticas no Brasil, especialmente no que diz respeito à política fiscal.

Neste cenário macroeconômico instável, o IFIX iniciou o ano com uma queda de 3%, marcando o quinto recuo consecutivo – a sequência mais longa de perdas desde sua criação, que foi no ano de 2010.

Apesar desse cenário um tanto quanto desafiador, a equipe do fundo identificou boas oportunidades de investimento, aproveitando momentos específicos de baixa no mercado.

Os investimentos feitos pelo FII RBRF11, segundo a gestão, foram principalmente em FIIs de maior qualidade (high grade) e de crédito estruturado, com opções consideradas de boa liquidez e que se beneficiam da taxa de juros elevada. Além disso, também se observou os FIIs com dividendos acima de 15% de retorno.

Durante o mês de janeiro, foram feitos aportes em fundos imobiliários de tijolo “prime”, como no TOPP11 e no PVBI11, que trazem, na visão da gestão, um bom retorno em dividendos. Ao todo, o fundo RBRF11 investiu R$ 62,3 milhões em 10 FIIs, com um Dividend Yield médio de 14,9%, e esses ativos já registraram uma valorização de 3%.