SNID11 eleva dividendos e encerra janeiro com rentabilidade acima do CDI

SNID11 eleva dividendos e encerra janeiro com rentabilidade superior ao CDI - Foto: Pixabay
SNID11 eleva dividendos e encerra janeiro com rentabilidade acima do CDI

O SNID11, fundo de investimentos em infraestrutura (FI-Infra) da Suno Asset, anunciou um aumento na distribuição de dividendos para fevereiro, elevando os rendimentos para R$ 0,11 por cota, o que representa uma distribuição anualizada de 14,7%.

O novo patamar reflete a estratégia de carrego do fundo, que busca capturar os impactos da alta da Selic, atualmente em 13,15% ao ano, e de um cenário de crédito mais desafiador no mercado.

Ao longo de 2024, o SNID11 teve uma performance patrimonial expressiva de 14,4%, superando os principais benchmarks, como CDI (10,9%), IDA-DI (12,5%) e IPCA+yield IMAB (11,5%). Segundo a gestora, o desempenho foi impulsionado pela alocação estratégica do fundo, que aumentou a diversificação da carteira ao longo do ano e utilizou derivativos para atrelar parte do portfólio ao CDI.

Além disso, a segunda emissão de cotas, realizada durante o ano passado, captou R$ 37 milhões, permitindo ao fundo reduzir o prazo médio dos ativos (duration) e ampliar o número de emissores, fortalecendo a estrutura do portfólio.

Apesar do forte desempenho patrimonial, a rentabilidade de mercado do fundo ficou em 6,0%, abaixo do retorno patrimonial, devido ao desconto na negociação da cota frente ao valor patrimonial – um fator que afetou toda a indústria de FI-Infra em 2024. No entanto, a gestão do fundo avalia que, com a melhora no setor ao longo de 2025, esse cenário pode favorecer a valorização das cotas.

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SNID11 tem aumento no volume de negociação em janeiro

No mês de janeiro, o SNID11 registrou um aumento expressivo no volume de negociação, movimentando R$ 4,1 milhões e atingindo uma média diária de negociação de R$ 188 mil, um nível mais próximo ao histórico do fundo.

Em relação a carteira, em janeiro, os ativos com componentes ao CDI, que fechou em 13,15%, foram os maiores impulsionadores do resultado do SNID11, contribuindo com R$ 0,099 por cota. O spread da carteira de crédito, a 2,26%, adicionou R$ 0,009 por cota, enquanto o caixa do fundo, representando 3,3% do patrimônio, contribuiu com R$ 0,006 por cota.

A marcação a mercado teve um impacto positivo de R$ 0,013 por cota, refletindo o fechamento das taxas no mercado secundário. Por outro lado, os derivativos, usados para swap das debêntures incentivadas para CDI, impactaram negativamente em R$ 0,019 por cota. As despesas operacionais, dentro da média histórica, reduziram R$ 0,010 por cota, mantendo a previsibilidade dos rendimentos do fundo.

Dividendos do SNID11: rentabilidade mantém patamar acima do CDI

A composição dos rendimentos no mês refletiu o carrego da carteira, que gerou um retorno equivalente a 109,7% do CDI, sendo que, considerando o gross-up, o retorno líquido para o cotista foi de CDI + 5,1%.

Desde o seu lançamento, o fundo SNID11 acumulou um retorno total de 20,3%, considerando o reinvestimento dos dividendos, com base no preço de mercado das cotas.

Quando ajustado pelo efeito de gross-up, esse retorno sobe para 24,6%. A rentabilidade de mercado do fundo tem sido impactada negativamente pelo desconto das cotas em relação ao valor patrimonial.

Para os próximos meses, a gestão do SNID11 projeta manter a rentabilidade em níveis elevados, acompanhando os movimentos do CDI e a evolução do mercado de crédito. Seguindo sua política de guidance de dividendos, o fundo mantém a projeção de distribuição para o primeiro semestre de 2025 entre R$ 0,10 e R$ 0,13 por cota.

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