‘Carnaval e literatura compartilham muitas palavras’, diz escritora homenageada no Samba Queixinho


Carla Madeira falou da emoção de ser inspiração do bloco no Carnaval de Belo Horizonte Carla Madeira recebe homenagem no desfile do Bloco Samba Queixinho
Francielly Santiago/g1
A escritora belo-horizontina Carla Madeira, inspiração do Samba Queixinho no Carnaval 2025, falou sobre a emoção de ser homenageada pelo bloco.
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Ela, que já participou do grupo na direção da bateria, não esperava pelo convite. O bloco desfilou na tarde deste domingo (2), no bairro Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Para Carla, “Carnaval e literatura compartilham muitas palavras, o samba é enredo e a fantasia está nos dois lugares”.
Gustavo, o fundador e idealizador do bloco, disse que a escolha de homenagear a escritora é porque ela representa todos os mineiros, que amam os livros que Carla escreve.
“Carnaval é provocação, Carnaval sempre tem que provocar, Carnaval de rua junto com a literatura”.
A escolha do repertório foi no livro Tudo é Rio, sendo representado nas cores e tons que ditam a música do bloco.
Bloco do Queixinho desfila na Região Centro-Sul de BH
Francielly Santiago
Gustavo conta sobre a felicidade em ter o convite aceito pela escritora. Ele disse que toda a bateria está feliz, e que a homenagem à escritora é também a todas as mulheres de Minas Gerais.
Gabriela Lemos, de 20 anos, é estudante de fisioterapia e desfila no Samba Queixinho desde quando era criança. Ela tem problema motor, faz parte do bloco há dez anos e foi incentivada a aprender a tocar instrumentos.
Hoje, ela toca surdo adaptado a cadeira de rodas. Ela disse que sempre amou o Carnaval de BH, que em 2015 chegou a ser rainha do Samba Queixinho e agora há três anos é ritmista no bloco.
Gabriela faz parte da bateria do Bloco, tocando um instrumento adaptado para a cadeira de rodas
Francielly Santiago
“O Carnaval é uma porta de entrada para o processo de inclusão, pois fora do Carnaval as coisas ainda estão engatinhando, pois o processo de capacitismo ainda é grande e no Carnaval há essa inclusão”.
Santé, de 60 anos, e Diomira Faria, de 64, também são escritoras. Elas homenagearam Carla usando um arco na cabeça com capas de livros da escritora. Diomira contou que hoje é o aniversário dela, e comemorar no bloco Samba Queixinho foi um presente.
As escritoras foram para a avenida batucar e homenagear Carla Madeira
Francielly Santiago
Maria Aparecida, de 80 anos, acompanha o bloco há seis anos, sempre na companhia da sua filha que é cadeirante e ritmista no bloco.
Mãe e filha acompanham o desfile do bloco nas ruas da capital
Francielly Santiago
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