Outrora um deserto, rodovia que passa por Inocência vira “rota dos gigantes”

Marcada no passado por pouco fluxo, quando se percorria longas distâncias quase sem encontrar  outros veículos, numa região do Estado típica de fazendas de gado, a rodovia entre Água Clara e Paranaíba virou rota de veículos gigantes.  O destaque é o caminhão que leva celulose, com 30 metros de extensão, que viajam entre Ribas do Rio Pardo, onde tem a fábrica de celulose da Suzano, e Inocência, endereço de um porto seco, onde a carga é transferida dos veículos para vagões, seguindo viagem ao Porto de Santos. Mas também há caminhões para transporte de maquinários e material de construção, mostrando uma região, literalmente, em obras. Partindo de Campo Grande, se percorre a BR-262 até Água Clara, com intenso fluxo de caminhões de eucalipto. Depois, as placas mostram que são 29 km de MS-124. Na sequência, a via é numerada como MS-377 até a entrada de Inocência.  Neste trajeto, a rodovia passa pelas margens do Projeto Sucuriú, liderado pela Arauco Celulose. A entrada para a obra, que vai somar investimento de US$ 4,6 bilhões, tem um trevo. Na etapa de terraplanagem, já são 2.400 trabalhadores  No restante da viagem até Paranaíba, o caminho é pela MS-240. Em todo roteiro pelas rodovias estaduais, a pista é simples e com alguns pontos mostrando que o asfalto está se exaurindo, com elevação na lateral e fissuras no pavimento.  Presidente do Sindicato Rural Patronal de Inocência, Osmar Garcia Pereira afirma que, em parceria com os sindicatos de Água Clara e Paranaíba, vai encaminhar ofício ao governo pedindo recapeamento urgente da rodovia.  A reclamação é sobre buracos. “A pista está muito irregular. Aumentou o fluxo, mas não melhora a rodovia”.  Conforme a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), a MS-377 está em fase de projeto para ser licitado o recapeamento. Não foi informado o valor do investimento.  Aos 65 anos, Inocência  vivencia as maiores mudanças da sua história. Tradicionalmente terra do gado, atividade exercida pelos fundadores, mineiros que vinham ao então Mato Grosso em busca de vida melhor, a cidade testemunha a chegada de fábrica de celulose, terminal intermodal, aeroporto (investimento de R$ 15,4 milhões do governo estadual) e de hotel para 1.600 pessoas. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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