Ponte de madeira racha, “sai do lugar” e moradores temem desabamento

Moradores de assentamentos próximos à rodovia MS-441,  denunciam a precariedade de uma ponte de madeira que liga Bandeirantes a Camapuã. Segundo eles, a estrutura apresenta risco iminente de desabamento, comprometendo o tráfego de veículos e o acesso da comunidade. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas. O assentado Zenildo de Menezes do Bomfim, de 53 anos, registrou em vídeo a situação da ponte e alertou sobre os perigos. Ele afirma que, apesar de uma suposta reforma, apenas as tábuas superiores foram trocadas, enquanto a base continua severamente deteriorada. “Pela situação, a ponte está prestes a cair. De sábado pra domingo, ela já havia descido 20 centímetros”, relata. A ponte é um ponto crucial para o deslocamento de moradores, incluindo cerca de 103 famílias do Assentamento Roda Viva, localizado após o Córrego Pinhé. De acordo com Zenildo, se a ponte desabar, os moradores precisarão percorrer um trajeto muito maior para chegar a Camapuã, desviando pela BR-163 até o posto São Pedro. “Essa ponte é fundamental. Passam ambulância, ônibus escolar, tudo por ali. Se cair, a gente vai ter que dar uma volta enorme”, ressalta. Além dos moradores, veículos pesados, como carretas de soja, transitam frequentemente pelo local, aumentando o desgaste da estrutura. “Quando passei no sábado, às três da tarde, a ponte já estava meio inclinada. No domingo de manhã, tinha descido 20 centímetros. A parte de baixo está danificada. Se não arrumarem, vai acabar acontecendo uma desgraça”, alerta Zenildo. A MS-441 é uma rodovia essencial para a região, com 44,1 km de extensão, ligando Bandeirantes à BR-060. É fundamental para o escoamento da produção agrícola e o transporte de moradores e estudantes. No entanto, enfrenta desafios constantes de manutenção, especialmente nas pontes de madeira, como a que passa sobre o Córrego Pinhé. Diante do risco iminente, Zenildo e outros moradores afirmam que tentaram contato com órgãos responsáveis, mas não obtiveram resposta devido ao feriado prolongado. “Com essa coisa do Carnaval, ninguém atende. Nem o Governo do Estado, nem a Assembleia Legislativa. Só retornam na quinta-feira”, lamenta. O Campo Grande News  entrou em contato com a Agesul, mas até o momento não houve resposta.
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