Sensação de moradores é que falta “parceria” com autoridades sobre dengue

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), sete bairros de Campo Grande foram classificados como de alto risco para a dengue na última semana. Até o dia 25 de fevereiro, a pasta informou que 287 casos da doença foram confirmados na Capital, e em janeiro foram 506 casos. Por conta desse cenário, o Campo Grande News quer saber: você acredita que as autoridades estão adotando medidas eficazes de combate à dengue? No bairro Tiradentes, que registrou alto índice de risco para a dengue nas primeiras semanas do ano, moradores reclamam principalmente dos terrenos baldios espalhados pela região. Com mato alto e lixo acumulado, esses terrenos acabam se tornando criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. A moradora Conceição Figueiredo acredita que a dengue está avançando, mesmo com a vacinação disponível e o fumacê, devido à falta de limpeza nos terrenos baldios. Ao lado de sua residência, a dona de casa relatou que os próprios moradores tentam cuidar de um lote tomado pelo mato e lixo, mas que falta a iniciativa do poder público para resolver o problema. “O povo é muito relaxado, vem de outros lugares jogar lixo aí. A gente pede para não jogar, mas teimam em jogar. E fazer o quê? Se a gente reclama, arruma confusão. Então, temos que largar de mão, porque as autoridades não tomam atitude”, lamentou Conceição. Flávio Yule e Osmalina Olímpio, também moradores do Tiradentes, reclamam dos terrenos do bairro que acumulam lixo e entulho. Eles apontam que a manutenção desses lotes deveria ser uma prioridade para as autoridades no combate à dengue, já que o fumacê passa apenas por algumas ruas da região. “Deveria multar os donos dos lotes, porque está tudo sujo. Nós limpamos nossa casa, quem tem piscina precisa mantê-la limpa e pagar por isso. E por que eles não cuidam desses terrenos? A prefeitura cobra imposto, e não é barato. Por que não cobra imposto para manter esses terrenos limpos?”, questionou Osmalina. Atualmente, os bairros Cabreúva, Cruzeiro, Chácara dos Poderes, Dr. Albuquerque, Bandeirantes, Alves Pereira e Guanandi continuam classificados como de alto risco para a dengue. Até a última semana, foram registradas 793 notificações da doença e 16 casos confirmados de chikungunya. Para denunciar terrenos baldios, o cidadão pode ligar para a Central de Atendimento 156, na Ouvidoria, através do número 3314-9955, utilizar o aplicativo Fala Campo Grande 156 ou acessar o site fala.campogrande.ms.gov.br. O Ministério da Saúde alerta que a dengue pode evoluir para formas graves e até causar mortes. Em casos de febre acima de 39°C, dores de cabeça, dores musculares e/ou articulares, prostração e dor atrás dos olhos, o Ministério da Saúde recomenda que a pessoa procure imediatamente um serviço de saúde.
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