Entidade quer apoio para criar abrigo a mulheres vítimas de violência

O clamor gerado com o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, que se soma a outros cinco ocorridos este ano no Estado, fez aumentar a busca por atendimento psicossocial e jurídico no Aciesp (Instituto de Apoio, Capacitação, Instrução e Economia Solidária do Povo), entidade que acolhe e ajuda nos passos para sair do ciclo de violência. A entidade aponta que a procura pelos serviços aumentou 60% e quer auxílio para a construção de um abrigo que possa receber até 20 famílias em situação de violência doméstica. No ano passado, a instituição prestou atendimento a pelo menos 370 mulheres, sendo que 40 ainda estão sob cuidados. Apenas até 6 de janeiro deste ano, 250 vítimas já buscaram apoio no Aciesp. A presidente da entidade, Ceureci Ramos, atribui o aumento na demanda à falta de estrutura da Casa da Mulher Brasileira, o que tem levado muitas vítimas a recorrerem ao instituto. Apesar dos esforços para acolher as vítimas, a falta de recursos ameaça a ampliação do atendimento. “Estamos construindo uma casa que poderá abrigar até 20 famílias, mas contamos com poucos recursos e dependemos de doações para oferecer o suporte que essas mulheres merecem”, afirmou Ceureci. Ela decidiu pedir apoio às autoridades, defendendo que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul apresente uma emenda coletiva prevendo recursos para o projeto social. “Solicitamos uma emenda coletiva para que todos possam contribuir. Quem não puder ajudar financeiramente, convidamos a conhecer o instituto, ver como as vítimas chegam e todo o trabalho de resgate de vidas e combate ao ciclo da violência”. Segundo Ceureci, os deputados Lia Nogueira (PSDB), Londres Machado (PR) e os petistas Pedro Kemp e Gleice Jane já manifestaram intenção de apoiar com a apresentação de emendas. Em anos anteriores, Coronel David (PL), Junior Mochi (MDB) e Paulo Corrêa (PSDB) já destinaram emendas à instituição. A entidade vê o repasse de recursos públicos como caminho essencial para manter o funcionamento e ampliar o suporte às vítimas de violência doméstica.
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