Bagunça climática: as plantas estão fugindo para o alto das montanhas

Não é mole, até as plantas, que tem imensas dificuldades de se locomover, estão fugindo para lugares mais aprazíveis. Tal como os animais, não suportam o calor excessivo e as secas constantes e prolongadas. Estão buscando escapar das mudanças climáticas. Uma pesquisa acaba de demonstrar que estão se locomovendo entre 1,8 a 2,7 metros anualmente, desde 1.979. O clima onde viviam deixou de ser apto para elas e, como qualquer animal, buscam refúgio perante as mudanças que as perturbam. Capa da revista cientifica Science. Santiago Ramírez Barahona, o primeiro cientista a estudar essa mudança, chegou à esta conclusão que foi escolhida para ser a capa da revista cientifica Science deste mês. Junto com uma imensa equipe de cientistas, financiados pelo governo mexicano, estão estudando essas mudanças desde 2019. Tentam entender a vulnerabilidade das matas frente à bagunça climática. Esses números – 1,8 e 2,7 metros anuais – se somam a um imenso quebra-cabeças que começam a armar. As matas são os ecossistemas mais frágeis. Dizem os cientistas mexicanos que apenas 20% das matas estudadas na América Central estão protegidas, são os sistemas mais frágeis da região. Há poucos dados sobre essas terras e as matas fugitivas do calor. Pedem que passem a realizar censos a cada dez ou vinte anos que registrem como as árvores estão se movendo em direção a ecossistemas mais elevados.
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