Arquiteta cadeirante projeta acessibilidade para o Complexo Cristo Protetor em Encantado

Encantado investe em acessibilidade no turismo com projeto inovador

Encantado, cidade do Vale do Taquari, destaca-se mais uma vez no cenário turístico nacional com a implementação de um projeto inovador de acessibilidade no Complexo Cristo Protetor. O local, que abriga a estátua de Jesus Cristo com 43,5 metros de altura, recebe milhares de visitantes todos os meses e agora se torna um modelo de inclusão para pessoas com deficiência.

À frente deste projeto está a arquiteta Danielle Lima, 25 anos, de Porto Alegre. Cadeirante desde a infância devido à Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo II, Danielle tem se dedicado a promover espaços acessíveis. Sua experiência pessoal e profissional foi essencial para garantir que o Complexo Cristo Protetor se tornasse um ambiente inclusivo e seguro para todos.

A importância da acessibilidade no turismo

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, cerca de 8,4% da população brasileira possui algum tipo de deficiência, o que reforça a necessidade de adequação de espaços públicos e turísticos. Para Danielle, a acessibilidade vai além do cumprimento de normas: “Foi um processo muito especial, porque uniu minha vivência como cadeirante e minha fé. É gratificante contribuir para um turismo mais inclusivo”.

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Soluções implementadas no Complexo Cristo Protetor

O projeto desenvolvido por Danielle Lima e aprovado pela Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE) inclui uma série de adaptações para facilitar o deslocamento e garantir segurança aos visitantes. Entre as principais melhorias estão:

  • Piso tátil contrastante: A cor vermelha foi escolhida para garantir maior visibilidade a pessoas com baixa visão;
  • Rampas acessíveis: Construídas dentro das normas técnicas para garantir segurança a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida;
  • Sinalização em braile: Facilitando a orientação de deficientes visuais;
  • Barras de apoio e sanitários adaptados: Proporcionando maior autonomia e conforto aos visitantes.

Danielle destaca que a acessibilidade não é um conceito fixo e deve ser aprimorada continuamente. “Se alguém notar algo que ainda pode ser melhorado, me contate. Minha missão como arquiteta é desenvolver soluções que realmente funcionem”, afirma.

Turismo acessível: um compromisso com a inclusão

A acessibilidade em pontos turísticos tem se tornado um diferencial competitivo para as cidades que desejam atrair mais visitantes. O exemplo de Encantado reforça a importância de um turismo inclusivo e adaptado a todas as necessidades.

A arquiteta, que também é mestranda em Design Estratégico pela Unisinos, reforça que essa iniciativa pode inspirar outros locais históricos e turísticos a adotarem medidas similares. “Muitos patrimônios históricos ainda não são acessíveis. Esse projeto mostra que é possível equilibrar preservação e inclusão”, conclui.

Com essa iniciativa, Encantado se posiciona como referência em turismo acessível no Brasil, promovendo uma experiência mais justa e acolhedora para todos os visitantes.

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