Helder Souza, preparador físico: “Eu sou movido a desafios”

Helder tem 37 anos e retorna ao Rio Branco após passagem pelo Botafogo

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Wagner Chaló/Rio Branco

O educador físico Helder Souza, de 37 anos, foi anunciado, recentemente, como preparador físico da equipe sub-20 do Rio Branco. Nascido e criado em Vitória, no Morro da Condusa, ele trabalhou, nos últimos anos, nas categorias de base do Botafogo e saiu do clube carioca para retornar ao Espírito Santo. Graduado na Faesa/ES, ele é especialista em Fisiologia do Exercício e possui a Licença A da CBF. Com mais de 15 anos no ramo, Helder revela que foi convencido pelo projeto do clube Capa-preta. “Quando cheguei aqui, em dezembro do ano passado, troquei muitas ideias e me apresentaram todo o processo e o projeto novamente, mais avançado, pois em 2022, quando me convidaram pela primeira vez, foi um momento de planejamento e implantação, e, a partir daí, as coisas começaram a acontecer de fato”, disse. “Quem está no clube, está extremamente focado e com grande ambição. Isso agrega muito ao que penso sobre minha trajetória. Costumo dizer que sou movido a desafios, e acredito que esses desafios são essenciais para nosso fortalecimento e, consequentemente, para o alcance dos nossos objetivos, que, no meu caso, é sempre estar no topo”, prosseguiu. O preparador estava no Botafogo desde março de 2022 e adquiriu muitos conhecimentos e vivências trabalhando na elite do futebol nacional.“Essa experiência me mostrou o quanto estou preparado para enfrentar qualquer desafio. Tive a chance de vivenciar um ambiente altamente competitivo, com inúmeras competições nacionais e internacionais, o que, para mim, enriquece significativamente nossa bagagem de conhecimento”. “O que levo do futebol de elite, tanto por conviver com as pessoas quanto com a própria instituição, é a busca incessante pela excelência, um propósito compartilhado por todos. Muitas vezes, essa busca não depende exclusivamente de recursos financeiros, mas de processos bem estruturados”, contou.Nesta volta ao Estado, uma das metas de Helder é contribuir para o crescimento dos clubes. “Para que o processo funcione, é fundamental que todos estejam profundamente engajados e comprometidos. O processo é o que nos levará ao sucesso. Vejo que o futebol capixaba tem evoluído bastante nesse sentido. Organizar esses processos, para mim, é a chave para o desenvolvimento dos clubes. Estou muito feliz por estar de volta e pretendo contribuir nesse aspecto”, finalizou.Quem é ele? Helder SouzaIdade: 37 anosCidade: VitóriaOrigem: Morro da Condusa (Região da Grande São Pedro)Profissão: Profissional de Educação FísicaEspecialização: Fisiologia do ExercícioLicença: Licença A – CBFConquistas: Vice-campeonato Brasileiro Sub-23 pelo Botafogo (2024 ), campeão do Torneio OPG Sub-20 pelo Botafogo (2024), Estadual Sub-20 pelo Rio Branco (2016), Copa Espírito Santo Profissional pelo Rio Branco (2016), Estadual Série B e acesso Profissional pelo Rio Branco (2018), Estadual Sub-17 pelo Porto Vitória (2021) e Copa Espírito Santo Sub-17 pelo Porto Vitória (2021)“Valorizo muito o treinamento de força”Por ter que lidar com atletas que ainda não são profissionais e estarem em estágio de desenvolvimento corporal, a preparação física dos jovens jogadores possuem aspectos que se diferenciam dos mais experientes. Helder Souza conta que valoriza o treinamento de força para que os atletas não se machuquem. “Os jogadores podem apresentar um perfil físico ainda em desenvolvimento. A questão da lesão é, sem dúvida, uma preocupação constante. O que se torna evidente para mim é que, muitas vezes, os jogadores acabam sendo subestimados na intensidade das rotinas dos treinos diários”.“Valorizo muito a cultura do treinamento de força. Ele, sem dúvida, é um dos melhores caminhos para o atleta se potencializar e também se proteger. Embora o treino não se resuma apenas a isso, o treinamento de força é complementar e fundamental. Ele protege o atleta das exigências do jogo, permitindo uma maior intensidade e capacidade de carga”, disse.Para ele, é preciso criar ambientes eficientes e suficientes, que, independentemente dos meios e métodos, possibilitem que o atleta suporte as demandas do jogo. O preparador físico afirma que recebe inúmeras informações diárias para elaborar seus treinos específicos e acompanhar o desenvolvimento dos atletas. “Toda a minha abordagem na gestão da performance se baseia, essencialmente, nas inúmeras informações que recebo e na proposição de exercícios que sejam eficientes e suficientes para as demandas do jogo”. “Utilizo testes, questionários pré e pós-treino, além de questionários antes e depois dos jogos, que me ajudam a direcionar o que chamo de cultura de performance. Ou seja, estamos atentos às diversas variáveis que podem impactar nosso dia de treino ou jogo, ou, de forma geral, o nosso cotidiano. A ideia é monitorar constantemente, 24 horas por dia”, explicou. Helder relata que, mesmo nos dias de folga, os atletas respondem a um questionário sobre seu estado físico, como se recuperaram do treino anterior. O objetivo é ter uma visão clara de como estão, com até 48 horas de antecedência, para evitar surpresas.

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