
Gregório Duvivier, ator e um dos fundadores do Porta dos Fundos, refletiu recentemente sobre erros cometidos em esquetes antigas do grupo e admitiu sentir vergonha de algumas delas. Em entrevista ao Flow News, ele ressaltou que o humor precisa acompanhar as transformações sociais e culturais. “Já erramos muito, mas a gente tenta aprender com os nossos erros. Acho que isso é importante”, afirmou.
Segundo ele, é essencial reconhecer o contexto em que determinada piada foi feita. Gregório Duvivier citou especificamente uma esquete que considera transfóbica, gravada no início do Porta. “Tivemos muitos erros, por exemplo, transfobia. Tem uma esquete super transfóbica que eu fiz no começo do Porta. Esse era um ponto cego nosso. A gente achava engraçadíssimo colocar um homem vestido de mulher e chamar ‘traveco’. A gente achava engraçado isso em 2012, hoje em dia já morro de vergonha quando vejo qualquer vídeo desses”, confessou.
O ator destacou que esse tipo de conteúdo, embora fosse amplamente normalizado anos atrás, não representa os valores que ele e o grupo defendem atualmente. “Já pedimos desculpas, mas tem muito material antigo que me incomoda. Na época, parecia inofensivo. Hoje, é chocante”, completou.
Gregório Duvivier também pontuou que os limites do humor são maleáveis, definidos pela própria sociedade. “A piada só existe dentro de um contexto. O mundo está mudando o tempo todo, e o humor muda com ele. Para entender a graça, é preciso entender o instante em que ela foi criada”, concluiu.
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