Felipe Curi, novo secretário de Polícia Civil, já foi baleado em operação e comandou força-tarefa contra milícias


Atualmente, o delegado Felipe Curi dirige departamento que comanda as delegacias de Homicídios do Estado. Ele também já foi subsecretário de planejamento e diretor de delegacias especializadas. Delegado Felipe Curi foi baleado em megaoperação no Conjunto de Favelas do Alemão nesta quarta-feira (3)
Reprodução/TV Globo
O delegado Felipe Curi será o novo secretário de Polícia Civil do Rio. A decisão foi anunciada no mesmo dia que o antecessor, Marcus Vinícius Amim, foi demitido pelo governador Cláudio Castro, nesta segunda-feira (2). A informação foi confirmada nas redes sociais de Castro no início da noite.
Curi já foi baleado em uma megaoperação da Polícia Civil no Complexo do Alemão em 2016 quando era titular da Delegacia de Combate às Drogas (DRE).
Curi é o atual diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), responsável pelas delegacias de Homicídios do Estado. Ele será o sétimo secretário desde que o cargo foi criado, no início da gestão Wilson Witzel, em 2019.
Delegado Felipe Curi faz um balanço da operação nas comunidades do Rio
“O confronto com os traficantes ocorreu a menos de 10 metros de distância, em uma rua íngreme e cheia de becos, sem possibilidade de abrigo. Vários disparos de fuzil foram efetuados na minha direção e acabei sendo alvejado na altura do tórax por dois projéteis, que atingiram o carregador preso ao colete balístico e ficaram retidos no kevlar; um estilhaço atingiu seriamente o meu polegar esquerdo”, relatou ele dias depois de ser ferido. “Ato contínuo, fui atingido por outro tiro transfixante, que entrou no ombro esquerdo e saiu pelo dorso (+-25 cm de percurso de cima para baixo)”, contou ele, que saiu do hospital no mesmo dia.
Delegado Felipe Curi (centro) explicando início da investigação
Reprodução/TV Globo
Nos últimos anos, Curi também foi diretor das delegacias especializadas da Polícia Civil e subsecretário de Planejamento e Integração Operacional.
Curi foi um dos responsáveis pela criação da força-tarefa que, segundo governo do Estado, prendeu mais de mil pessoas em operações contra milícias na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.
Morte de Ecko agravou disputa entre milicianos; polícia investiga mortes
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“A gente atacou os comércios deles com as delegacias fiscalizadoras. A gente tomou o dinheiro deles, foram R$ 2 bilhões de prejuízo”, disse Curi em uma entrevista ao podcast Fala, Guerreiro.
Durante a gestão de Felipe Curi no DGPE, a polícia conseguiu realizar as prisões de importantes figuras de milícias do Rio, como Wellington da Silva Braga, o Ecko, que foi baleado e acabou morrendo; Edmilson Gomes, conhecido como Macaquinho, e Rodrigo dos Santos, conhecido como Latrell.
Macaquinho foi preso por Força-Tarefa da Polícia Civil
Reprodução/Arquivo Pessoal

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