Macapá sedia congresso nacional de matemática aplicada ao cotidiano cultural


Sétima edição do evento de etnomatemática terá mais de 300 participantes de todo o Brasil e acontece nesta terça-feira (17), no Museu Sacaca. Evento acontece em Macapá até esta sexta-feira (20
Cbem/Divulgação
Macapá vai sediar a 7ª edição do Congresso Brasileiro de Etnomatemática (Cbem) com a participação de mais de 300 pessoas de todo o Brasil. O evento inicia às 8h desta terça-feira (17) no Museu Sacaca, no bairro do buritizal, na Zona Sul de Macapá.
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De quarta-feira (18) até a sexta-feira (20) a programação passa a acontecer no Instituto Federal do Amapá (Ifap), na Zona Norte de Macapá.
Podem participar, professores, investigadores, estudantes de graduação, mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos e outros que estejam interessados em saber um pouco mais sobre a matemática relacionada à cultura, que se tratando do Amapá é voltada aos povos originários.
O que é a etnomatemática?
Esta forma de fazer matemática acontece de modo que todo e qualquer grupo social tenha o conhecimento mesmo sem a formação acadêmica. Sendo aplicada através da cultura e tradição e necessidades do cotidiano de diferentes comunidades, com cálculos e modelos matemáticos.
“Aqui no Amapá, por exemplo, os povos indígenas, como os Wãiãpi, usam conhecimentos matemáticos para construção de suas casas. Ou as doceiras do Maruanum na produção das panelas, mesmo sem ter tido acesso ao ensino escolarizado”, disse o reitor do Ifap, Romaro Silva, coordenador-geral do 7º Cbem.
Os estudantes do curso de Licenciatura em Matemática, do Campus Macapá do Ifap, Leonardo Costa Lopes e Cesar Augusto da Sena Lameira, desenvolvem o projeto chamado ‘A etnomatemática na construção de fornos de carvão vegetal na comunidade campesina no Distrito do Coração’.
“Acompanhamos alguns moradores e foi possível conhecer parte dessa cultura e as maneiras que os moradores utilizam da matemática nas suas atividades. O trabalho se desenvolveu em torno da construção de um forno em que todos os passos de sua edificação”, disse Leonardo.
Ainda na programação, será realizada a roda de conversa ‘Mestres dos saberes: as práticas ancestrais nas comunidades’, com a participação da professora Célia Souza da Costa (Ifap), como mediadora, e das representantes das comunidades e lideranças culturais amapaenses Esmeraldina dos Santos, mestra griô.
Participam também, a herdeira de tradições e saberes do quilombo do Curiaú, Kupenã Waiãpi, agente socioambiental da Aldeia Ytawa, e Marciana Nonata Dias, mestra do criar-saber-fazer das louças de barro do Maruanum e presidenta do grupo de marabaixo de Santa Luzia do Maruanum.
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