Passageiros flagram búfalos mergulhando no Rio Pinheiros

Passageiros flagram búfalos mergulhando no Rio PinheirosReprodução

Em um primeiro momento, a imagem choca – uma manada de búfalos mergulha em um rio, mas o curso d’água não é na Ilha de Marajó ou no Pantanal, onde eles normalmente seriam encontrados: trata-se do Rio Pinheiros, no coração de São Paulo.

O vídeo, gravado por um passageiro na estação de metrô Santo Amaro (linha 5 lilás), viralizou rapidamente nas redes sociais e chamou a atenção da mídia. Entretanto, segundo servidores da ViaMobilidade, concessionária da estação, a presença dos animais na região é comum.

“Eles estão aqui todos os dias, vem pelas margens do rio, da direção da ponte Interlagos e quando está calor, mergulham no rio”, contou um funcionário ao Portal iG.

Segundo a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a situação é resultado da criação dessas espécies por pessoas que moram nas imediações do Rio Pinheiros.

A empresa ressaltou que eles não possuem permissão para transitar pelas margens e disse que acionou os órgãos fiscalizadores, como Prefeitura de São Paulo e Guarda Civil Metropolitana Ambiental, responsáveis por coibir tal prática. Além das notificações, a companhia também registrou boletim de ocorrência.

A Prefeitura de São Paulo informou ao iG que direcionou uma equipe da Divisão de Vigilância em Zoonoses para averiguar a situação e tomar as medidas cabíveis. Segundo a Prefeitura, no dia 4 de agosto, a Guarda Civil Metropolitana Ambiental já havia sido acionada para averiguar um caso parecido no local. Na ocasião, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) localizou a dona dos animais e a notificou por impedir o processo de regeneração natural da vegetação nativa e causar dano ambiental em Área de Proteção Permanente.

O descumprimento da determinação poderá acarretar multa de até R$ 5 mil por animal mantido na área irregular. Como eram cerca de 14 búfalos, a multa pode chegar até R$ 70 mil.

No Brasil, o búfalo é encontrado em grandes quantidades nos estados do Mato Grosso e no Pará, principalmente na Ilha de Marajó. 

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