SP: Investigação da execução de Ruy Ferraz avança

Ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi executado em Praia GrandeDivulgação/Prefeitura de Praia Grande

Na manhã desta quarta-feira (17), a Polícia Civil de São Paulo realizou oito mandados de busca e apreensão na capital paulista e na Grande São Paulo. Foram destacados 63 policiais para cumprir as ordens judiciais, parte da mobilização que pretende prender os responsáveis pelo homicídio do ex-delegado-geral da PCSP, Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, no litoral paulista, na noite desta segunda-feira (15).

Ontem (16), o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, declarou que dois suspeitos já haviam sido identificados a partir de vestígios encontrados em um dos automóveis utilizados no crime. Segundo o secretário, um deles “É um indivíduo que possui vários antecedentes criminais, em especial por crimes graves como roubo e tráfico de drogas, tanto com maioridade penal, como enquanto adolescente infrator”. Os vestígios estão sendo analisados pela Polícia Técnico-Científica, que fará um cruzamento com o banco de dados criminal do Estado de São Paulo e de outros órgãos.

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Em nota ao iG , a Secretaria de Segurança Pública informou que os suspeitos tiveram o pedido de prisão temporária decretado pela Justiça, que testemunhas e familiares dos suspeitos foram ouvidos, mas que os detalhes  das ações policiais serão preservados para não comprometer as investigações. Até então ninguém foi preso.

Rafael Alcadipani, Professor Titular da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, associado pleno ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pesquisador na área de organizações policiais, disse ao iG  acreditar que o pronunciamento do secretário Derrite afeta as investigações: “Esse tipo de comentário faz com que os criminosos percebam qual o caminho que a polícia está adotando e consigam fugir antes de sair um mandado de prisão”. Segundo Alcadipani a polícia está fazendo seu trabalho, mas apesar da pressão pública por respostas é preciso ter cautela: “É bom esperar um pouco, detalhe se dá quando se prende alguém” afirmou o expecialista.

O governador se pronunciou sobre o caso

Tarcísio de Freitas também comentou sobre a ação das forças e segurnça, reforçando o discurso de Derrite: “A prioridade máxima é solucionar esse caso. Temos várias linhas de investigação, várias possibilidades e nenhuma pode ser afastada.Estamos trabalhando para que os responsáveis sejam exemplarmente punidos pela Justiça, com todo o rigor da lei”, afirmou o governador de São Paulo.

Na segunda-feira (15), dia em que o crime foi cometido, Tarcísio disse estar estarrecido com a ousadia dos assassinos e determinou a criação de uma força tarefa envolvendo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para solucionar o caso. 

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