Ex-chefão da Globo, Boni revela maior fofoca para se livrar de autora

José Bonifácio de Oliveira, mais conhecido como Boni, admitiu que criou uma fofoca para demitir a autora de novelas cubana Glória Magadan (1920-2001). O ex-chefão da Globo relatou que não queria mais trabalhar ao lado da novelista.

Segundo o executivo, a autora possuía regalias no contrato com a Globo. “A melhor fofoca da Globo fui eu mesmo que montei… Nós tínhamos a Glória Magadan, que queria fazer as novelas de rei e rainhas, eu queria botar ela na rua, li o contrato dela, não tinha como botá-la na rua”, sinalizou.

“Deixei o contrato dela atrás da minha cadeira e todo dia eu lia. Ela tinha o poder de botar a novela que ela quisesse, no horário que ela quisesse, com o elenco que ela quisesse. E eu estava amarrado, não queria mais trabalhar com ela, eu queria fazer outra coisa”, declarou em conversa com o podcast Achismos.

Boni relatou que leu o contrato tantas vezes que achou uma brecha para demitir a autora. “Um dia, eu lendo [o contrato], caiu a ficha: ela nunca tinha dito se tinha direito de acabar ou não [a novela], ou quantos capítulos tinha [que ter], isso não estava lá. Eu chamei a Glória Magadan, disse para ela o seguinte: ‘olha, a partir de agora, você bota a novela em um dia, eu tiro no outro’”, detalhou.

O ex-chefão da Globo precisou da ajuda de um colega da autora para que ela se demitisse. “Ela gostava muito do Renato Pacote, que trabalhava comigo… Falei: ‘você vai lá e diz para ela pedir demissão, fala que você duvida que eu aceite’. Aí ela voltou na minha sala e falou assim: ‘olha, não gostei daquilo que você disse ontem, estou pedindo demissão’. Falei: ‘eu aceito, está fechado, pode ir embora’. Essa fofoca fui eu que montei”, disse. A primeira novela de Glória Magadan na Globo foi Paixão de Outono (1965). Seu último trabalho na emissora foi A Última Valsa (1969), trama que foi considerada um fracasso de audiência.

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