PF combate evasão de divisas, gestão fraudulenta, lavagem de capitais e organização criminosa

Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina e São Paulo, além do sequestro de veículos e bloqueio de valores superiores a R$ 19 milhões.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (06/03), a Operação Money Trip, que visa a combater os crimes de evasão de divisas, câmbio ilegal, gestão fraudulenta, operação irregular de Instituição Financeira, Organização Criminosa e lavagem de capitais.

Durante a ação, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Florianópolis/SC e São Paulo/SP. Também foi executado um mandado de prisão temporária para o líder do grupo investigado, que ocorreu em Santa Catarina.

Veículos de propriedade dos investigados e de empresas envolvidas no esquema foram sequestrados e apreendidos, e foi determinado o bloqueio judicial de valores e ativos em montante superior a R$ 19 milhões.

A ação ocorrida hoje é um desdobramento da Operação Nummularius, deflagrada em outubro de 2024 e que se iniciou após a prisão em flagrante de um indivíduo transportando significativa quantia de dinheiro em espécie, em moeda corrente e estrangeira, ocultada no forro da porta do veículo que conduzia.

A investigação demonstrou que os valores em questão seriam evadidos do Brasil por meio da fronteira sul, na cidade de Santana do Livramento/RS.

Após diversas diligências, foi possível identificar um grande esquema de câmbio ilegal, evasão de divisas e lavagem de capitais sediado em Florianópolis/SC, cidade que atrai grande número de turistas argentinos. Apurou-se ainda que o esquema envolve diversas cidades nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Valendo-se de pessoas físicas e jurídicas para lastrear as práticas ilegais, os investigados constituíram empresas de câmbio que nunca estiveram aptas a operar pelo Banco Central, utilizando suas contas bancárias para operacionalizar a conversão e o recebimento de valores ilícitos provenientes de outros crimes, como tráfico de drogas, corrupção e contrabando.

Além disso, após a deflagração da primeira fase, foi identificado que parte dos integrantes da Organização Criminosa promoveu a ampliação do esquema ilícito, constituindo outras casas de câmbio irregulares e se utilizando do transporte físico dos valores para materializar a evasão de divisas, prática conhecida por cash courier.

Foi possível apurar que os investigados operaram um alto fluxo de dinheiro em espécie entre os estados em que foram cumpridos os mandados. Somente nos primeiros meses de 2025, foram detectadas mais de 50 viagens realizadas pelo grupo criminoso para o transporte de valores entre Santa Catarina e São Paulo.

Comunicação Social da Delegacia da Polícia Federal em Bagé

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