Prédio das Lojas Americanas vai a leilão por R$ 49 milhões

O grupo responsável pelo Shopping Center Cidade Morena abriu um leilão para vender o prédio ocupado pelas Lojas Americanas, na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande, por valor inicial de R$ 49 milhões. A venda ocorre por meio do site da leiloeira Dora Plat em meio a cobrança de R$ 24,1 milhões feita por investidores que compraram cotas do shopping, anunciado há 25 anos, mas nunca construído. Embora apto para venda, o imóvel pertencente à SVV Participações e Empreendimentos Imobiliários LTDA, dos irmãos Fernando e Gioconda Saad, segue alugado à varejista até outubro de 2026, com contrato mensal de R$ 217.846,00. Segundo o edital, a venda depende do não exercício do direito de preferência pela locatária, conforme determina a Lei do Inquilinato. O prédio possui quatro pavimentos, 12.028 metros quadrados de área construída e 3.600 metros quadrados de terreno. A proposta pode ser feita à vista ou parcelada em até 12 vezes, com entrada mínima de 30%. A comissão da leiloeira é de 5% sobre o valor final. Após o encerramento do leilão, os vendedores terão até 10 dias úteis para decidir se aceitam a proposta de maior valor. O imóvel responde a duas ações judiciais em andamento. Na Justiça – Entre os processos, está uma cobrança da Platina Agropecuária Ltda, do empresário Sérgio Carlos de Godoy Hidalgo, que exige R$ 21,1 milhões da família Saad. A petição aponta que 20% da área onde o shopping seria construído foram vendidos a R$ 10 mil o metro quadrado, acima do valor de mercado. Outra ação, da Passaletti Modas Calçados e Confecções Ltda, da empresária Luciane Reia Galetti de Souza, cobra R$ 3 milhões após aquisição de cotas do mesmo empreendimento. Ela afirma que a obra estava prevista para 2011, mas nunca foi iniciada. A empresária relata que recebeu várias justificativas dos representantes do grupo Saad, como busca de novos sócios e disputas internas, até o projeto ser substituído por um estacionamento. O outro lado – Em nota enviada ao Campo Grande News , a SVV afirmou que os investidores formaram uma SCP (Sociedade em Conta de Participação) com a Saad Administração e Participação e que os imóveis continuam sob propriedade dos cotistas. A nota também informa que a obra não foi realizada porque duas construtoras desistiram do projeto por razões de mercado. Sobre a Passaletti, o grupo afirma que houve distrato e a Justiça reconheceu a inexistência de dívidas. Quanto à Platina Agropecuária, o grupo alega que a ação também foi extinta e que a disputa deve ser tratada na Câmara de Arbitragem Brasil-Canadá, conforme cláusula contratual. A SVV finaliza afirmando que “reitera seu compromisso com a transparência e a verdade dos fatos”, negando prejuízos a acionistas ou terceiros. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .
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