Aluno que morreu após cair e bater a cabeça brincava de ‘cadeirinha’ com colegas, diz secretária de Educação


Brincadeira que resultou na morte de Vitor Hugo, de 16 anos, ocorreu enquanto estudantes esperavam pela chegada do professor à sala em Miguelópolis (SP). Cidade decretou luto e suspendeu aulas em escola nesta segunda-feira (16). Estudante de 16 anos morre depois de bater a cabeça no chão dentro da escola em Miguelópolis (SP)
Reprodução/EPTV
O estudante Vitor Hugo Barbosa Soares, de 16 anos, que morreu dias depois de cair e bater a cabeça dentro de uma escola em Miguelópolis (SP) se machucou enquanto brincava com colegas na sala à espera do professor, segundo a secretária municipal de Educação, Joelcy Rita dos Passos.
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De acordo com ela, os jovens envolvidos relataram que a brincadeira em questão consistia em formar uma espécie de cadeira com os braços e impulsionar, pra cima, o adolescente que estava em cima dela.
“Tinha batido o sinal e os alunos estavam aguardando o professor chegar em sala. E era comum alguns tipos de brincadeiras entre eles, são amigos, amigos inseparáveis, e nesse momento estava havendo uma brincadeira de cadeirinha, aquela cadeirinha que faz com o braço e ‘pula’ o aluno pra cima”, relata.
Vitor Hugo, que estava no nono ano do ensino fundamental, caiu e bateu a cabeça durante uma brincadeira com colegas dentro da Escola Municipal Capitão Emídio na última quarta-feira (11), por volta das 14h30.
A secretária municipal de Educação de Miguelópolis (SP), Joelcy Rita dos Passos.
Marcelo Moraes/EPTV
Segundo a Prefeitura, ele foi de imediato e levado ao pronto-socorro da cidade, de onde foi transferido para a Santa Casa de Franca (SP) devido à gravidade dos ferimentos. Ele chegou a ser submetido a uma cirurgia neurológica, mas teve a morte confirmada no domingo (15).
“Foi inevitável um traumatismo craniano, imediatamente foi socorrido. A escola chamou a ambulância, foi pra Santa casa do município, dali já fez todo procedimento de ir pra Franca, e fez cirurgia, mas infelizmente o Vitor não resistiu”, afirma Joelcy.
A Prefeitura decretou luto oficial e suspendeu as aulas na escola nesta segunda-feira (16).
Fachada da escola onde estudante que morreu no domingo (15) bateu a cabeça em Miguelópolis (SP)
Murilo Badessa/EPTV
‘Brincadeira comum’, diz secretária
A secretária afirma que, até o momento, o que se sabe é que os estudantes não agiram motivados por nenhum tipo de desafio na internet.
“Houve esse comentários de fora, mas o dia que eu fui conversar com os alunos esse assunto não saiu, então é uma brincadeira comum, como outras brincadeiras que eles costumavam fazer, coisa de adolescente, mas que infelizmente o Vitor escorregou e caiu de cabeça.”
Apesar de ser comum que os adolescentes interajam e façam brincadeiras, Joelcy afirma que o incidente serve de alerta.
“Fui conversar com os alunos, falei: a gente precisa pegar como experiência, como vivência, para que outros jovens cuidem das brincadeiras. Às vezes são brincadeiras que aparentemente são inofensivas mas que podem causar danos desastrosos para toda uma sociedade, toda uma família.”
Cidade em luto
Segundo a secretária municipal, não só os alunos, mas os moradores de Miguelópolis ficaram estarrecidos com a morte do estudante.
“É uma fatalidade o que aconteceu, poderia ter acontecido com qualquer outro colega de classe, estão todos na mesma faixa etária, são amigos, estavam finalizando o nono ano do ensino fundamental, e a cidade está em luto hoje, os jovens estão muito abalados”, diz.
Na Escola Municipal Capitão Emídio, psicólogas foram acionadas para dar suporte aos alunos. “Nós já iniciamos o trabalho, as terapeutas, fazendo todo trabalho de grupo pra lidar com essas emoções, lidar com a questão da culpa, que foi uma fatalidade mesmo, abala todo mundo.”
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