Mercado de homem que tirou folga após 50 anos de trabalho é furtado

Um tradicional estabelecimento comercial da cidade de Serrinha, a 173 km de Salvador, conhecido por nunca fechar, foi furtado na quinta-feira (9). O local pertence a Elizeu Andrade, de 76 anos, uma figura bem conhecida na cidade, famosa por nunca tirar folga ou férias, o que até o tornou alvo de memes.

O mercadinho, que leva o nome do comerciante, está situado na Avenida Manoel Novaes, no centro de Serrinha, e funciona de domingo a domingo, das 7h às 22h.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que um homem, usando uma camisa vermelha, para em frente ao estabelecimento, furtando uma quantia de dinheiro do caixa antes de sair correndo. Elizeu ainda tentou perseguir o suspeito, mas não conseguiu alcançá-lo.

Em entrevista ao g1, o funcionário do local, Cristiano Batista, explicou que no momento do crime o caixa, que fica próximo à entrada do mercadinho, estava vazio, enquanto Elizeu estava próximo ao freezer.

A Polícia Militar (PM-BA) foi acionada e, com base nas imagens da câmera de segurança, conseguiu identificar o suspeito e a casa onde ele morava. Após rondas na área, os policiais localizaram, prenderam e levaram o homem, de 18 anos, para a delegacia local.

Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência contra o suspeito, que foi ouvido e liberado, com a quantia furtada devolvida à vítima.

Mercadinho é conhecido em cidade da Bahia por nunca fechar

O mercadinho de Elizeu leva o nome dele e fica aberto de domingo a domingo, das 7h às 22h, no centro de Serrinha. Aos 76 anos, o comerciante diz ter trabalhado sem parar durante todos os dias por 50 anos.

Em 2019, ele resolveu tirar dois dias de folga para visitar a filha em outra cidade e, por conta disso, virou meme nas redes sociais.

Com direito a “plantão” de cobertura jornalística, até com imagens aéreas, o fato inédito mobilizou os moradores de Serrinha, que tem cerca de 76 mil habitantes.

O comerciante começou a trabalhar aos 7 anos, quando ajudava o pai, em Feira de Santana, a 100 quilômetros da capital baiana. Ele já foi funcionário de mercadinho e de padaria, até montar o próprio estabelecimento.