Mateus Solano afirma que público atual rejeitaria vilão de Amor à Vida

Foto de Mateus Solano

Mateus Solano, que interpretou o personagem Félix em Amor à Vida (2013), acredita que seu papel sofreria resistência atualmente. O artista pontuou o personagem foi construído com um perfil politicamente incorreto. “Meu personagem, Félix, foi montado no politicamente incorreto”, sinalizou.

Félix, um vilão homossexual, encontrou a redenção ao se apaixonar pelo personagem de Thiago Fragoso. Ele vocalizava o que muitos desejavam dizer, mas evitavam, abordando questões como homofobia e racismo. “As pessoas curtiam porque ele dizia tudo o que cada um queria dizer e não podia, pois magoaria alguém ou até poderia ser preso”, pontuou o artista.

O comunicador destacou algumas das “atrocidades” que eram ditas pelo personagem da novela de Walcyr Carrasco. “Qual chefe pode hoje chamar a secretária de cadela? Qual pessoa atualmente pode ser homofóbica, transfóbica, racista, gordofóbica, etarista? Félix era tudo isso e, mesmo assim, ainda é muito amado”, destacou Mateus Solano.

O papel em Amor à Vida protagonizou o primeiro beijo homoafetivo entre homens em uma novela das nove da Globo. “Foi um misto de diversão com calhordice, pois todo vilão quer mostrar que não é, o que o obriga a ter duas caras. É um personagem interessante porque, mesmo com todos os trejeitos, ele não se assumia homossexual, assim como sua família, apesar de todas as evidências”, disse.

“A grande virada veio quando Edith, personagem da Bárbara Paz, anunciou para todos que Félix era gay. Naquele momento, quem saiu do armário não foi o Félix, mas a família brasileira, cujo preconceito camuflava aquela informação porque era mais conveniente não tocar naquele vespeiro”, afirmou em conversa com a Folha de S.Paulo. Depois desse papel marcante, Mateus Solano diversificou sua carreira.

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