Com faixa em túmulo, família denuncia “descaso” com cemitério da Capital

Adornos de metal, estátuas e até fotografias foram furtados de túmulos no Cemitério Santo Antônio, localizado na Vila Santa Dorotheia, em Campo Grande. A falta de segurança no cemitério mais antigo da cidade, onde estão sepultados integrantes de algumas das famílias mais tradicionais, já motivou protestos. Até hoje (17), uma faixa amarela permanece em um dos túmulos, com uma denúncia sobre “descaso da Prefeitura” com a segurança do local. Ao Campo Grande News , um funcionário do cemitério, que não quis se identificar, explica que já presenciou a indignação e tristeza de familiares que tiveram túmulos de parentes depredados ou alvo de furtos. Uma dessas manifestações, segundo ele, é a faixa amarela colocada no jazigo da família Menezes Araújo, que tem três pessoas sepultadas, e foi fixada no Dia de Finados, em 2 de novembro do ano passado.  O funcionário explica que a faixa permanece no local há 72 dias, pois o jazigo é particular e não pode ter objetos retirados por terceiros que não sejam familiares. Na manhã de hoje, foi observado que o túmulo apresentava partes do mármore quebradas. “Diane do descaso da Prefeitura com este cemitério, estamos providenciado a recuperação deste túmulo”, era os dizeres da faixa amarela colocada em jazigo da  família Menezes Araújo, uma das indignadas com a situação.  Em novembro do ano passado, também foi noticiado  que o Dia de Finados foi marcado por ânimos exaltados no Cemitério Santo Antônio, com famílias aos prantos ao perceberem que jazigos de entes queridos tiveram itens furtados. A aposentada Marli de Fátima Catarineli foi uma das pessoas que caiu em lágrimas ao perceber que haviam levado duas placas dos túmulos de seus familiares. “O meu primeiro esposo, meu sogro, a minha sogra e a minha enteada estão aqui”, contou. Além de ser um problema antigo, o funcionário destacou que, devido ao grande número de furtos, é difícil contabilizar quantos túmulos já tiveram decorações e objetos deixados por familiares furtados por criminosos. “A maioria dos túmulos foi depredada ou furtada em algum momento. Não tem como ter mais esse controle.” Ele também explica que a GCM (Guarda Civil Metropolitana) é responsável por fazer rondas na região, entretanto, elas ocorrem apenas do lado de fora do cemitério. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber se há alguma discussão ou planejamento para reforçar a segurança, inclusive na área interna. O espaço segue aberto. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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