Mãe acusada de duplo feminicídio é tornada ré em caso das gêmeas mortas em Igrejinha

A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) e tornou ré a mãe das gêmeas de seis anos encontradas mortas em Igrejinha. O caso, que chocou a comunidade, envolve acusações de duplo feminicídio e violência doméstica.

Detalhes da acusação

Conforme a denúncia, as duas meninas foram mortas de forma semelhante, em um curto intervalo de tempo, e encontradas sem vida na cama com sinais de hemorragia e sangramento. A promotoria aponta que os crimes ocorreram em contexto de violência doméstica, com qualificadoras como motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas.

  • Primeira morte: Ocorreu em 7 de outubro de 2024. A causa foi insuficiência respiratória e hemorragia pulmonar, segundo o laudo de necropsia, atribuindo a morte a uma asfixia cruel.
  • Segunda morte: Registrada em 15 de outubro, foi associada a suspeita de envenenamento. A ficha médica indicou sangramento significativo e pupilas fixas, com sinais de intoxicação por substância tóxica.

Motivação e metodologia

De acordo com o MP, a acusada agiu motivada por ciúmes do companheiro. Em ambas as ocasiões, teria administrado substâncias tóxicas — ainda não identificadas nos autos — para causar a morte das crianças.

Qualificadoras do crime

O promotor responsável pelo caso destacou que os assassinatos configuram feminicídio em razão da condição de sexo feminino das vítimas, além de terem sido cometidos por ascendente contra descendente menor de 14 anos.

Próximos passos

Com a denúncia aceita, o processo segue para julgamento. A acusada poderá responder pelas qualificadoras de violência doméstica, uso de meio cruel e motivação torpe, que agravam a pena em caso de condenação.

O caso segue sob investigação, com a análise de evidências adicionais para esclarecer os métodos utilizados pela acusada.

Fonte: MPRS

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