Morre Léo Batista, jornalista esportivo que marcou gerações

Léo Batista, jornalista esportivo, apresentando o Esporte Espetacular

Neste domingo (19), morreu o jornalista esportivo Léo Batista, no hospital Rio D’or, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Conhecido como “A Voz Marcante”, o comunicador estava internado desde sexta-feira (17), em decorrência do diagnóstico de um câncer no pâncreas.

Com uma extensa carreira de mais de sete décadas, Léo Batista é reconhecido por qualquer fã de esporte. Seu falecimento comoveu as redes sociais, com clubes e personalidades registrando suas homenagens ao ícone da comunicação esportiva brasileira.

Léo Batista: uma carreira condecorada

Com 53 anos de história na TV Globo e mais de sete décadas dedicadas ao jornalismo, Léo Batista é uma inspiração para gerações de profissionais que aprenderam com seu estilo único, seja por meio de convivência direta ou assistindo à sua trajetória.

Filho de imigrantes italianos, Léo Batista nasceu em Cordeirópolis, interior de São Paulo. Desde jovem, demonstrou interesse pela comunicação, atuando inicialmente em serviços de alto-falantes em sua cidade natal. Sua entrada no jornalismo aconteceu nos anos 1940, com a transição rápida para o rádio.

 

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O começo da carreira esportiva foi na Rádio Difusora de Piracicaba, onde atuava como setorista do XV de Piracicaba, então recém-promovido à primeira divisão do Campeonato Paulista. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1950, onde cobriu sua primeira Copa do Mundo, realizada no Brasil.

Em 1952, Léo foi contratado pela Rádio Globo, atuando como locutor e redator de noticiários. Sua estreia como narrador esportivo aconteceu em uma partida entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã. Foi nessa época que, por sugestão de Luiz Mendes, seu chefe na emissora, adotou o nome “Léo Batista”, substituindo o nome de registro, João Belinaso, considerado pouco sonoro para o rádio.

A paixão pelo Botafogo

Um marco na vida de Léo Batista foi sua conexão com o Botafogo. Em entrevista ao programa Conversa com Bial, ele relembrou como se tornou torcedor alvinegro durante um jogo entre Botafogo e Fluminense no Maracanã.

“Estava no Maracanã. Fui assistir a um jogo com alguns amigos, era Fluminense e Botafogo. De repente, o Botafogo começou a jogar melhor, saiu uma jogada bonita e pronto, um golaço do Botafogo. Pulei gritando ‘gol!’. Depois do lance eu parei e pensei: ué, estou torcendo para o Botafogo? Daquele instante em diante acabou, virei Botafogo”, contou Léo.

Ascensão na televisão e legado

Léo Batista estreou na televisão em 1955, na extinta TV Rio, onde comandou o Telejornal Pirelli por 13 anos. Em 1970, ingressou na TV Globo para a cobertura da Copa do Mundo no México, marcada pelo tricampeonato da Seleção Brasileira. Seu estilo descontraído e marcante rapidamente o destacou na emissora.

Foi o criador, em 1978, do programa Globo Esporte, que se tornou referência e permanece no ar até hoje. Léo também inaugurou o Jornal Hoje em 1971, participou do Globo Rural, narrou gols da rodada no Fantástico e atuou no Globo Esporte e no Esporte Espetacular. Entre as décadas de 1980 e 1990, apresentou um bloco esportivo no Jornal Nacional aos sábados.

Momentos marcantes da carreira

Entre os grandes momentos da carreira, Léo Batista foi o primeiro radialista a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Outro destaque foi sua participação na Copa do Mundo de 1970, após a qual substituiu Cid Moreira em uma edição do Jornal Nacional e, posteriormente, passou a apresentar edições do noticiário aos sábados.

Além do futebol, Léo comandou programas de auditório, como o Clube da Alegria, tendo o privilégio de apresentar Hebe Camargo na festa de aniversário da Rádio Clube de Birigui, um marco em sua trajetória.


 

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