ALZR11, MANA11 e VRTM11 estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (21/1)

Os fundos imobiliários ALZR11, MANA11 e VRTM11 estão entre os destaques do mercado nesta terça-feira (21), dia seguinte a mais um resultado negativo para o IFIX.

O índice de FIIs fechou nesta segunda-feira (20) em 3.038,88 pontos, queda de 0,09% em relação à véspera. A cotação subiu na abertura, batendo na máxima de 3.050,73 pontos ainda nos primeiros minutos de negociação, e depois oscilou por volta dos 3.040 pontos até as 16h, quando se consolidou em patamar negativo e chegou à mínima de 3.034,88 pontos antes de uma leve recuperação.

Foi o nono resultado negativo em 13 pregões realizados desde o início do ano. Nesse período, o IFIX acumula queda de 2,48%. 

Esse número foi puxado principalmente pela queda de sexta-feira, de 1,38%, provocada pela possibilidade de tributação dos fundos de investimentos como prestadores de serviços, após o veto do presidente Lula a uma parte da regulamentação da reforma tributária. Gestoras de fundos discordam das razões jurídicas alegadas pelo governo para o veto, que ainda pode ser derrubado pelo Congresso.

O mercado de FIIs também tem sido pressionado desde o início do ano pela proximidade da reunião do Copom, na semana que vem, que deve aumentar a Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano. Nesta segunda, o boletim Focus, do Banco Central, manteve as projeções de que a taxa ficará em 15% no fim de 2025.

Confira as principais notícias do mercado de fundos imobiliários:

MANA11 mantém alta em dividendos e foca em operações atreladas ao CDI

O fundo imobiliário MANA11 divulgou os resultados do mês de dezembro, com destaque na manutenção do viés de alta dos dividendos, chegando ao patamar de R$ 0,11 por cota. Esse valor corresponde a um dividend yield anualizado de 18,2% ou 177% do CDI.

A Manatí Capital, gestora do MANA11, disse que o foco das novas operações do fundo será em títulos indexados ao CDI. Com a alta da Selic, atualmente em 12,25% e com expectativa de alcançar 15% ao ano, os CRIs atrelados ao CDI trazem maior remuneração para a carteira do fundo.

Além dos rendimentos dos CRIs e FIIs, o MANA11 também registrou ganhos de capital extraordinários, especialmente no book de CRIs. O fundo continua a focar na proteção do patrimônio, promovendo reciclagem e giro de posições no mercado secundário.

Na bolsa de valores, as cotas seguem pressionadas, juntamente com todo o mercado de FIIs. Dado o desconto do preço em relação à cota patrimonial, existe um potencial de yield variando entre 16,4% a 20,0% ao ano. Esse deságio em relação ao valor patrimonial oferece uma oportunidade atraente para os investidores, acredita a gestora.

VRTM11 lucra R$ 3,71 milhões e anuncia venda milionária de FIIs

O fundo imobiliário VRTM11 registrou um resultado de R$ 3,713 milhões em dezembro, suficiente para a distribuição de dividendos no valor de R$ 0,09 por cota, distribuído aos investidores na semana passada.

Ao fim de dezembro, o FII VRTM11 registrava um saldo de R$ 16,9 milhões em caixa, que será direcionado para a alocação em ativos dentro do pipeline, além de cobrir o pagamento de taxas provisionadas e os rendimentos aos cotistas.

A inflação apresentou um leve avanço durante o mês, com o IPCA de 0,39% referente a novembro de 2024. Esse movimento tem impactos diretos no mercado de recebíveis imobiliários, principalmente porque uma parcela relevante dos CRIs está atrelada ao IPCA, com defasagem que varia entre dois e três meses.

Em dezembro, o fundo imobiliário VRTM11 fez movimentações importantes em sua carteira de FIIs, com vendas totais de R$ 5,6 milhões. Um dos principais destaques foi a liquidação do fundo MINT11, que envolveu uma parte da amortização em dinheiro, no valor de R$ 700 mil, e outra parte em cotas do HGRU11.

Dividendos do BROF11 têm alta de 14% e vão para R$ 0,57 por cota

O fundo imobiliário BROF11 anunciou a distribuição de dividendos referentes aos resultados obtidos no mês de dezembro, no valor de R$ 0,57 por cota. É um aumento de 14% em relação à distribuição realizada no mês passado, de R$ 0,50 por cota. 

A possibilidade de alta já havia sido antecipada pela BGR Asset, gestora do fundo, em seu último relatório gerencial, devido ao incremento na receita após o fim do período de carência nos contratos da Caixa Econômica Federal no Edifício Passeio Corporate, um dos ativos do fundo, no Rio de Janeiro.

O valor anunciado para os dividendos do BROF11 representa um dividend yield mensal de 1,30% em relação ao fechamento da cota em 30 de dezembro, no preço de R$ 47,37. Nos últimos 12 meses, o fundo pagou R$ 5,95 em proventos, o que representa um DY anualizado de 12,56% na comparação com o mesmo valor.

Os dividendos são isentos de tributação para pessoas físicas e o pagamento será feito no próximo dia 24, de acordo com a posição dos cotistas ao fim do pregão da última sexta-feira (17). 

ALZR11 conclui aquisição de duas lojas do Assaí por R$ 212,5 milhões

O fundo imobiliário ALZR11 concluiu a compra de dois imóveis de varejo que estão locados ao grupo Assaí, uma no Rio de Janeiro e outra no Guarujá, no litoral de São Paulo, pelo valor total de R$ 212.590.782,00.

A loja do Rio, situada na Avenida Brasil. na altura de Bangu, zona oeste da cidade, foi avaliada em R$ 72.183.978,00. Ela foi construída na modalidade built to suit (sob medida), com área bruta locável (ABL) de 12.132 metros quadrados em uma área de terreno total de 31.940 metros quadrados. Desse valor, cerca de R$ 10 milhões foram pagos em dinheiro pelo ALZR11 ao vendedor e o valor restante foi quitado via assunção do saldo devedor de um CRI já existente. 

A loja do Guarujá, por sua vez, teve o valor de R$ 140.406.804,00 e também foi feita no formato built to suit, com inauguração em dezembro de 2024. A área construída é de 17.554 metros quadrados, em uma área de terreno total de 63.172 metros quadrados. A aquisição efetiva ainda depende da superação de condições precedentes e, quando concluídas, o FII ALZR11 pagará R$ 18,7 milhões e vai assumir um CRI com saldo devedor de cerca de R$ 121,7 milhões. 

Os dois imóveis estão locados por meio de contratos atípicos com duração de 20 anos. Com as aquisições, o ALZR11 passa a contar com 23 imóveis em seu portfólio, ampliando o percentual de ativos destinados à renda urbana e incluindo o Assaí na lista de locatários que já conta com empresas como BRF, Decathlon, Rede Globo e Oba Hortifruti.