Líder em calor, MS pode encerrar verão mais quente e com menos chuva que normal

Mato Grosso do Sul pode continuar assando ao sol até o fim deste verão e na transição para o outono. O Estado, que até agora lidera o ranking do calor de 2025 no Brasil, tem previstas temperaturas mais altas que o normal em fevereiro, março e abril.  As chuvas também poderão continuar desviando do esperado, como já acontece desde o início da estação mais quente do ano. Dezembro encerrou com déficit de precipitação na maioria dos municípios. O cenário pode continuar assim, mesmo com as “águas de março fechando o verão”, prometidas pela música famosa da MPB. Apesar do desvio, as águas não devem ficar escassas, como na época de seca. Mas, sim, ligeiramente abaixo ou próximas da média histórica. A previsão para o próximo semestre foi divulgada hoje (22) pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima no Estado). Os dados sobre os acumulados de chuva em dezembro, também. Líder no calor  – Porto Murtinho, cidade com porção do Pantanal de Mato Grosso do Sul, registrou a maior temperatura do país até agora. Em 17 de janeiro, os moradores tiveram que enfrentar 42,1ºC.  O ranking é feito pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Municípios que também ferveram no Estado neste começo de ano foram Amambai, com 39,8°C, e Aquidauana com 39,5°C. Por lá, quase 40ºC foram sentidos no mesmo dia em que Porto Murtinho chegou à liderança. Médias  – Historicamente, as temperaturas médias variam entre 24-26°C em Mato Grosso do Sul no trimestre analisado, segundo o Cemtec. Há algumas diferenças: na região noroeste, as temperaturas variam entre 26-28°C e nas regiões sul e sudeste do estado, entre 22-24°C. Quanto às chuvas, a média fica entre 400 a 500 mm no período. Nas regiões leste, nordeste e oeste do estado elas costumam registrar entre 300 a 400 mm.  La Niña – O fenômeno que provoca resfriamento nas águas do Oceano Pacífico e pode influenciar no regime de chuvas, além de provocar variações térmicas, deve persistir até o fim do verão. Em entrevista ao Campo Grande News dada em 10 de janeiro, a meteorologista do Inmet, Helena Turon, falou sobre o fenômeno. “Desde dezembro estamos sob o efeito do fenômeno La Niña fraca, com previsão que dure ao menos até ao final deste verão. Como esperado, estamos presenciando aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste e leve diminuição das temperaturas nessas áreas. Nas demais áreas temos irregularidade nas chuvas, assim as temperaturas podem até sofrer um leve aumento por conta do céu mais claro. Em Mato Grosso do Sul, especificamente, o efeito é mais sentido no sul do estado, onde as chuvas ficam mais escassas e as temperaturas sofrem um aumento mais significativo”, ela detalhou. Segundo o Cemtec, há 59% de chance do fenômeno se estender de fevereiro até abril. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .
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