Investigação aponta mais um agravante contra suspeito de matar advogada em SC

Uma nova qualificadora foi incluída na denúncia contra o suspeito de matar a companheira e descartar o corpo dela no Paraná. Agora, ele responde criminalmente por homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. O crime ocorreu em setembro de 2024, em Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina.

Companheiro é o suspeito da morte da advogada Karize Fagundes – Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND

Conforme o Ministério Público, a nova qualificadora é a de dificultar a defesa da vítima. Documentos mostram que a advogada Karize Fagundes havia passado por um procedimento cirúrgico dias antes do crime e, por isso, estaria em recuperação quando foi atacada e enforcada pelo próprio companheiro.

“Esses novos documentos anexados ao inquérito policial mostraram que a mulher estava sozinha em casa e com a saúde fragilizada no dia do crime, e por isso não pôde se defender, levando em conta o porte físico do réu”, explica o Promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho. “Na prática, a inclusão de uma nova qualificadora pode resultar no aumento da pena em caso de condenação”, diz.

A Polícia Civil localizou o corpo da advogada em uma área de mata no Paraná – Foto: Polícia Civil do Paraná/ND

As outras três qualificadoras citadas na denúncia são o feminicídio, pois o crime teria ocorrido em um contexto de violência doméstica e familiar em razão da condição do sexo feminino; o motivo torpe, afinal o réu teria cometido o homicídio por desconfiar de que a companheira estaria o traindo; e a asfixia, pois uma corda teria sido enrolada no pescoço da vítima.

Advogada foi morta por asfixia e teve corpo levado ao Paraná

De acordo com a investigação, o homem de 24 anos é suspeito de enforcar Karize, de 33 anos, dentro da casa dela, em 28 de setembro de 2024. Após matá-la por asfixia, ele teria transportado o corpo da vítima até a cidade de Palmas, no Paraná. A ossada foi encontrada 40 dias depois, em uma área de mata, e a perícia confirmou que se tratava do corpo da vítima.

“As investigações evidenciam um homicídio brutal, além da tentativa de apagar vestígios e ocultar a verdade. Estamos comprometidos em buscar a condenação do réu, pela vítima, por seus familiares e por toda a sociedade”, diz o Promotor de Justiça.

O réu está preso preventivamente no Presídio Regional de Caçador, aguardando o desenrolar do processo, que corre em segredo de justiça.

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