Clínicas de estética de bairros nobres de Campo Grande são investigadas

Clínicas de estética localizadas em bairros nobres de Campo Grande estão na mira de investigações que o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) informou ter aberto hoje (23).  São seis, baseadas em relatórios da Vigilância Sanitária Municipal que apontaram diversas irregularidades que põem em risco a saúde e a vida dos clientes. Elas verificam se os profissionais têm formação para realizar procedimentos invasivos e respeitam a “saúde, segurança e vida dos consumidores”.  Em um dos locais, com endereço na Avenida Afonso Pena, fiscais encontraram produtos de uso médico exclusivo. Em outro, localizado na Rua Joaquim Murtinho, havia medicamentos adquiridos sem prescrição médica e sem que houvesse farmacêutico para aplicação na veia do paciente, que seria o caso. O Campo Grande News decidiu preservar os nomes das clínicas porque os casos estão em investigação. Vencidos, na geladeira e provavelmente reutilizados  – Produtos para fins estéticos como fenol fora do prazo de validade, inclusive uma caixa vencida em 2020, foram os problemas mais frequentes flagrados nas clínicas. Outros que exigem refrigeração e precisam ficar isolados estavam dentro da geladeira da copa do estabelecimento junto a alimentos. Mais um dos problemas identificados foi uma das clínicas não ter contrato com empresa de resgate para o caso de emergências. Mortes que foram destaque em São Paulo e Goiás no ano passado, por exemplo, mostram que intercorrências podem acontecer. Em mais de uma clínica os fiscais viram seringas e aplicadores de uso único com embalagem já violada e não descartados na lixeira adequada. Fios de sustentação foram encontrados na mesma condição. O flagrante fez desconfiar que pode haver reutilização entre clientes. Por último, botox importado sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ou até produto sem qualquer rótulo e prazo de validade vistos, no caso de clínica que fica na Rua Rui Barbosa, expõem os riscos que pessoas decididas a mudar a aparência ou “rejuvenescer” estão correndo nesses locais. Casos em MS – Deformações e outros prejuízos sérios aos pacientes têm sido denunciados pelo Campo Grande News . Exemplo mais recente são o de mulheres que levaram casos à Justiça após supostos erros de cirurgiã-dentista da Capital. Segundo o próprio conselho de classe a que está vinculada, a profissional da odontologia faz procedimentos proibidos na área. Outro destaque foi o caso de mulher que precisou de cirurgia após reação a preenchimento labial, também em Campo Grande, feito por esteticista que se dizia biomédica. Ele foi denunciado em outubro do ano passado. Quem pode – A lei 12.842/2013, que regulamenta o exercício da medicina no Brasil, diz que somente um médico pode indicar, prescrever e executar procedimentos invasivos, inclusive no âmbito da estética. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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