Corredor de fumaça: como queimadas na Amazônia e no Centro-Oeste mudam paisagem em Joinville

Nas últimas semanas, as queimadas na Amazônia e no Centro-Oeste do Brasil preocupam pela degradação do meio ambiente e os transtornos aos moradores dessas regiões. E em Joinville, no Norte de Santa Catarina, mesmo a tantos quilômetros de distância, o impacto das queimadas pode ser visto por quem olha para o céu.

Fumaça causada pelas queimadas foi visível em Joinville nesta quinta-feira (22) – Foto: Eduardo Pertille/NDTV

Nos últimos dias, uma atmosfera acinzentada faz parte da “paisagem” na cidade e é, segundo a Defesa Civil de Santa Catarina, causada pela fumaça trazida pelo vento dessas regiões. O resultado é uma visibilidade menor, além da intensificação de problemas respiratórios.

“Essa é uma época de seca no Centro-Oeste e na Amazônia e, quando há ventos vindos dessas regiões, eles carregam a fumaça”, explica a meteorologista Ana Luísa Dors, da Defesa Civil. Nesta semana, o fenômeno ganhou intensidade pelo bloqueio atmosférico, isto é, pela falta de chuva.

Enquanto os meteorologistas acompanham a chegada da fumaça por imagens de satélite, a fumaça é visível a olho nu por quem mora em Santa Catarina e em outros estados neste “corredor”. “É uma atmosfera acinzentada, um pouco mais transparente que um nevoeiro. Já no final da tarde, o sol fica mais alaranjado, com atmosfera avermelhada”, diz Ana.

Imagens de satélite mostram presença da fumaça (acinzentado transparente) em SC neste mês – Foto: CPTEC/INPE/SDC-SC

Fumaça das queimadas pode agravar problemas respiratórios

A meteorologista explica que a direção do vento impacta na presença da fumaça. Nesta quinta-feira (22), com ventos Norte e Nordeste, ela estava mais visível em Joinville e região. Além de afetar a visibilidade, o fenômeno pode agravar problemas respiratórios.

Nessas condições, a Secretaria da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina indica que a população beba bastante água e monitore sintomas como tosse, dificuldade para respirar e irritação nos olhos, que podem ser mais acentuados em crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.

De acordo com Ana Luísa, a tendência é que a fumaça diminua a partir de sexta-feira (23), por causa de uma frente fria que avança pelo Estado.

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