Ônibus clandestino em ‘péssimas condições’ e com mais de 40 multas é apreendido pela PRF em Sorriso

A equipe de Polícia Rodoviária Federal deteve dois motoristas e apreendeu um ônibus clandestino, esta manhã, durante fiscalização de rotina. Conforme o PRF Leonardo Ramos, o veículo de passageiros saiu de Caxias, no Maranhão, com destino a Sorriso e Sinop. “Um veículo que não tem identificação de empresa e, após a verificação dos documentos e das pessoas que estavam no seu interior, a gente constatou que se trata de uma execução de serviço de transporte coletivo, no entanto, esse ônibus não tem autorização para realizar esse serviço”.

Ainda segundo o PRF, além da falta de seguro contra danos pessoais ou bagagens, o ônibus apresentava péssimo estado de conservação, inclusive com pneus carecas. “Considerando que nós estamos vivendo um período chuvoso em todo o Brasil, isso demonstra que o operador desse serviço não tem nenhum compromisso com a segurança dos seus clientes. Os motoristas sempre alegam que são apenas motoristas, apenas pessoas contratadas, inclusive alegam que recorrentemente eles pedem para as pessoas que são as promotoras desses serviços para manutenir os veículos e que não são atendidos”.

“Nesse caso, a Polícia Rodoviária Federal, considerando a situação que é iminente risco à vida das pessoas, da segurança, a gente vai recolher o ônibus até que todas as infrações constatadas, inclusive mais de 40 multas vencidas, sendo 20 de velocidade, em desfavor desse veículo, sejam regularizados diante do sistema Renavam. Cerca de metade dos passageiros tem como destino o sorriso e outra metade Sinop. Então, a partir de agora, é responsabilidade da empresa fazer com que essas pessoas cheguem até os seus destinos”.

“Esse é um problema histórico aqui na cidade de Sorriso, que a PRF vem ao longo dos anos dando uma resposta, isso porque a gente que acompanha os noticiários sabe que quando um veículo de transporte de pessoas, ele se acidenta, os danos são de grande extensão, a perda de vidas, os prejuízos pessoais e materiais são enormes. Entretanto, se a população continuar a priorizar R$ 200, R$ 300, em detrimento da sua vida, da vida dos seus filhos, dos seus familiares, infelizmente esse mercado ilegal de transporte clandestino de pessoas vai continuar aquecido e o trabalho que a PRF e demais órgãos de segurança realizam, eles vão se tornar ineficiente”, apontou policial.

Leandro Ramos ainda ressaltou que esses serviços são buscados pelas pessoas devido a questões sociais e econômicas, com objetivo de economizar. “Uma busca rápida nos sites de notícias e também em plataformas de vídeo digitais, a gente consegue ver o que acontece com as pessoas, a gente consegue ver histórias de familiares, de famílias que foram dizimadas viajando em ônibus clandestino e a família fica desamparada quando algo de ruim acontece, porque esses veículos não têm cobertura de seguro, eles não têm autorização, não têm manutenção, os motoristas que dirige esses veículos não têm vínculo empregatício com as empresas, não têm descanso, muitas vezes os motoristas sequer têm carteira nacional de habilitação, então é um barato que sai muito caro e, que no final das contas pode custar a própria vida de quem contrata esse tipo de serviço”.

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