Cresce produção de arroz e feijão no ES

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Divulgação

A produção de arroz e feijão no Espírito Santo tem crescido nos últimos anos, evidenciando o fortalecimento do setor agrícola no estado.Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a área plantada de lavouras temporárias alcançou 2.250 hectares no ano passado, com um valor de produção estimado em R$ 124,6 milhões.No caso do feijão, o Espírito Santo se destaca como o estado com maior consumo per capita, alcançando 86,5%. Já em relação ao arroz, um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que o Estado possui 100 hectares plantados, com uma produção anual de cerca de 400 toneladas. Em Afonso Cláudio, por exemplo, 10 hectares estão dedicados à cultura do cereal, sendo a maior parte localizada na propriedade da família Seidel, que produz aproximadamente 40 toneladas do cereal por ano. Entre abril e maio, período de colheita, os irmãos Edson, Elcio e Paulo Seidel dedicam longas horas diárias ao cultivo dos 8 hectares da propriedade. A tradição, mantida há mais de 30 anos, atravessa gerações na família. “No início do cultivo, alguns produtores da nossa região nos diziam que não daria certo, mas meu pai insistiu e, hoje, temos clientes de várias partes do Estado”, contou Edson Seidel. “Quando nosso pai veio pra cá, tentou investir em outras culturas, mas não obteve sucesso. Então, ele imaginou que o arroz, por ser uma cultura de áreas alagadas, seria a ideal. Hoje, não damos conta da demanda. Temos clientes de Vitória, Cachoeiro, restaurantes e supermercados que procuram nosso arroz”, acrescentou.A família Seidel mantém um cultivo sem o uso de agrotóxicos, utilizando o método de plantio em áreas alagadas, prática que corresponde a 80% das lavouras de arroz no Brasil. Na colheita, a propriedade abre pelo menos 15 postos de trabalho temporários.O processo produtivo inclui a separação dos grãos no trator de cereais. O arroz colhido é ensacado, enquanto os resíduos das plantas são reutilizados como adubo e alimento para os animais. Em seguida, os sacos são levados para o local onde funciona a máquina de pilar, que retira a casca do arroz, originando o arroz integral e, posteriormente, o branco.Tradição e inovação

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Clóvis Rangel

“O Espírito Santo já demonstra que é possível alinhar tradição e inovação no campo. O fortalecimento da cadeia produtiva de arroz e feijão não só garante alimentos essenciais na mesa dos brasileiros, como também fomenta a economia e cria oportunidades nos municípios fora da região metropolitana do Estado. O caminho está traçado, e a expansão sustentável dessa produção pode consolidar o Espírito Santo como um exemplo de eficiência agrícola em pequena escala”, Eduark Cibin, técnico agrícola.

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