XPLG11, SNEL11 e mercado de FI-Infra estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (27/1)

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XPLG11, SNEL11 e mercado de FI-Infra estão entre os destaques do Bom Dia FIIs (27/1)

Os fundos imobiliários XPLG11, SNEL11 e BTRA11, além de projeções para o mercado de FI-Infra, estão entre os destaques do mercado de FIIs nesta segunda-feira (27), abertura da última semana de janeiro.

Na última sexta-feira (24), o IFIX fechou em 3.000,90 pontos, alta de 0,12% em relação à véspera, e interrompeu uma série de seis quedas consecutivas. O resultado, no entanto, foi insuficiente para salvar o resultado da semana, na qual o índice de FIIs acumulou queda de 1,32%. Desde o início do ano, a desvalorização está em 3,70%.

A semana tem como principal atrativo a primeira reunião do ano do Copom, que termina na quarta-feira (29) e anuncia se haverá mudanças na Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. A tendência é de elevação em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, decisão que deve impactar o mercado de FIIs.

A nova elevação dos juros deve manter as cotações e o próprio IFIX pressionados nos próximos dias. Isso pode representar, na visão de analistas, uma oportunidade de investir em FIIs baratos, abaixo de seu valor patrimonial, que mantenham os fundamentos e possam apresentar maior retorno proporcional, além de uma oportunidade de ganho  de capital no médio e longo prazo.

Vale lembrar que a sexta-feira (31) é um dia que terá a Data Com de mais de 150 FIIs, entre eles alguns dos mais populares do mercado, como MXRF11, VISC11, KNCR11, HGRU11 e XPLG11. O dia costuma movimentar positivamente o mercado.

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Entenda os cenários possíveis para o mercado de FI-Infra nos próximos meses 

A expectativa para o mercado de Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) no restante de 2025 apresenta um cenário desafiador, mas promissor. Apesar do impacto da alta dos juros sobre o ambiente econômico, especialistas acreditam que esses fundos vão se dar bem com a relevância da iniciativa privada na infraestrutura do Brasil e das vantagens fiscais que cercam os fundos.

O ano de 2024 foi ano de emissão recorde de novas debêntures incentivadas, com captação de R$ 138 bilhões. No mercado secundário, as negociações chegaram à marca de R$ 254 bilhões. E a necessidade de investimentos em infraestrutura no Brasil não para por aí.

Como os fundos do tipo FI-Infra investem em debêntures incentivadas, eles são naturalmente grandes beneficiados pelo aquecimento do setor de infraestrutura. Listados em bolsa, os FI-Infras pagam rendimentos regulares – a maioria, mensal – com a vantagem da isenção de imposto de renda não apenas nos dividendos, mas também num eventual lucro na venda das cotas.

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O dilema do atual cenário é que o ambiente de juros elevados pode oferecer dificuldades, tanto para as empresas que tomam dívida no segmento quanto para os fundos FI-Infra que precisam de fazer novas captações. Mesmo assim, há espaço para o investidor obter lucros investindo em FI-Infras, principalmente pelo nível elevado de desconto dos fundos em relação à cota patrimonial.

BTRA11 anuncia dividendos com alta de 40%, a R$ 0,42 por cota

O fundo imobiliário BTRA11 anunciou um novo pagamento de dividendos para este mês, de R$ 0,42 por cota. Isso representa um aumento de 40% em relação ao valor distribuído nos últimos cinco meses, quando a quantia foi de R$ 0,30 por cota.

O pagamento será feito na sexta-feira (31) aos que mantiveram as cotas do fundo até o encerramento do pregão da última sexta-feira (24). O valor representou um dividend yield mensal de 0,92%, considerando o fechamento da cota nesse dia, em R$ 45,60. Anualizado, o retorno é de 8,33%, considerando a soma de R$ 3,80 por cota distribuída ao longo dos últimos 12 meses.

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Vale destacar que as cotas do BTRA11 estão sendo negociadas com um desconto próximo de 60% em relação ao valor patrimonial por cota, que é de R$ 109,76. O valor de mercado total do fundo é de R$ 154,73 milhões, enquanto seu patrimônio líquido é de cerca de R$ 369,3 milhões.

SNEL11 registra avanço em projetos e aumento na base de cotistas

O fundo imobiliário SNEL11, que faz construção e gestão de usinas fotovoltaicas, concluiu em novembro o período de exercício do direito de preferência de sua terceira emissão de cotas, iniciada em outubro. Foram emitidas 2.965.829 novas cotas, totalizando R$ 24,6 milhões, incluindo os custos da emissão. 

Com o capital captado pelo SNEL11, cerca de R$ 5,9 milhões foram destinados a uma operação comprometida de curto prazo, com retorno de CDI + 2,3% e isenta de imposto de renda. Segundo a gestão, a estratégia visa garantir a rentabilidade para o caixa enquanto os recursos aguardam a alocação definitiva em novos projetos. No mês, o resultado distribuível do fundo foi de R$ 4,2 milhões. 

No relatório gerencial também foram apontados avanços nos ativos. As obras dos empreendimentos Mundo Melhor, São Bento Abade e Liberdade avançaram significativamente, atingindo 95%, 79% e 98% de progresso físico, respectivamente. Além disso, já foram iniciados os trâmites junto às distribuidoras para conexão das usinas fotovoltaicas (UFVs), incluindo interferências e vistorias.

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“A receita imobiliária do fundo continua em evolução, embora em ritmo inferior ao inicialmente previsto, devido ao maior prazo necessário para atingir o potencial de faturamento da UFV Petrolina, o maior projeto operacional do SNEL11“, diz a Suno Asset. A gestora do FII espera um crescimento gradual dessa linha de resultado à medida que a usina seja preenchida.

XPLG11 vende galpão logístico em Pernambuco por R$ 313 milhões

O fundo imobiliário XPLG11 anunciou a venda de um dos galpões do condomínio Cone Multimodal 02, em Cabo de Santo Agostinho (PE), pelo valor total de R$ 313.350.000,00. O imóvel conta com área bruta locável (ABL) de 110.052,89 metros quadrados e a área tem contratos atípicos em vigor com a Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar, ambos com duração até 2034.

O FII XPLG11 recebeu na sexta-feira (24) a parcela inicial de R$ 125,34 milhões, equivalente a 40% do valor da transação. O restante será pago em 39 parcelas de R$ 4.820.769,23, com vencimento mensal, de 20 de fevereiro a 20 de abril de 2028, sempre com reajuste pelo IPCA.

A projeção da XP Vista Asset, gestora do fundo, é de um ganho de capital aproximado de R$ 120 milhões com a negociação, equivalente a R$ 3,87 por cota, sem considerar a correção inflacionária prevista no recebimento das parcelas. Este valor, segundo a empresa, será incluído no cálculo dos dividendos do XPLG11, de acordo com uma estratégia de uniformização de distribuição.

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Assim, o impacto positivo para os próximos 30 meses é de R$ 0,04 mensais por cota, considerando o ganho de capital, mas também a queda na receita do fundo com a venda. Os dois contratos, juntos, eram responsáveis por 8,2% da receita imobiliária do XPLG11, de acordo com o relatório gerencial de dezembro.

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