Diretores de famosa marca de calçados são acusados de fraude

Diretores de uma famosa marca de calçados estão sendo acusados de fraude financeira relacionada a valores mobiliários. Nesse sentido, uma ação coletiva no Tribunal Distrital de Delaware nos Estados Unidos é movida por investidores da Crocs. Eles alegam que os executivos da empresa americana divulgaram informações falsas sobre os resultados da Heydude, marca de calçados casuais adquirida pela Crocs em 2021. No ano passado, a companhia pagou US$ 200 milhões em dívidas.

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De acordo com os investidores, a Crocs e seus executivos violaram leis federais americanas de valores mobiliários. Eles acabaram deixando de divulgar que o crescimento da receita da Heydude em 2022 foi impulsionado, em grande parte, pela empresa “forçar” atacadistas e varejistas terceirizados a comprarem seus estoques. O que não necessariamente era um indicativo das vendas reais no varejo. Ao mesmo tempo, à medida que estes comerciantes diminuíam o excesso de estoques da itens da Heydude também reduzia a demanda por produtos da marca.

Fraude descoberta

A fraude acabou sendo descoberta em 27 de abril de 2023 durante uma teleconferência de resultados do primeiro trimestre daquele ano.

Um executivo da Crocs admitiu, em 27 de julho de 2023, que o excesso de estoque deliberado da Heydude foi responsável por aproximadamente US$ 220 milhões dos US$ 896 milhões em receita da marca no período após sua aquisição pela Crocs em 17 de fevereiro de 2022.

Já, Anne Mehlman, diretora financeira da empresa na época, também anunciou que a Crocs estava reduzindo a orientação de crescimento da receita da Heydude para o restante do ano fiscal de 2023, para uma faixa entre 14% e 18%. Nesse sentido, um resultado substancialmente menor do que o crescimento da receita da orientação anterior em meados de 2020. Por fim, ela acabou reconhecendo efetivamente que muito do suposto crescimento da Heydude estava baseada na decisão dos réus de “estocar demais os atacadistas”.

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