Aprovados por cotas vão ter de comprovar renda e etnia

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Thiago Coutinho – Arquivo/AT

Candidatos aprovados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2025 devem se atentar a prazos importantes: eles terão até domingo para solicitar a matrícula na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e enviar a documentação digital pelo Portal do Candidato, no link candidato.ufes.br/usuario/login.Estudantes aprovados pela política de cotas ainda precisam comprovar o direito, com o envio de documentações complementares e até mesmo procedimentos presenciais. Anita Lacerda, diretora de Registro e Controle Acadêmico (DRCA) da Pró-Reitoria de Graduação, explicou sobre o assunto. Inicialmente, ela afirmou que todas as cotas são destinadas a alunos que concluíram o ensino médio em escola pública e a partir disso surgem subgrupos: estudantes pretos, pardos, indígenas e quilombolas (cota); candidatos de famílias de renda e pessoas com deficiência (PCD). No caso das cotas para pessoas negras (pardas e pretas), junto com a documentação básica que todos os alunos aprovados precisam enviar, como o documento de identidade e comprovação de finalização do ensino médio, os aprovados precisam encaminhar três fotos que mostrem sua aparência.“A comissão faz uma análise preliminar das imagens e passa a fazer a convocação desses candidatos para outra etapa, que é a de comparecimento presencial”.Essa outra etapa é uma entrevista de heteroidentificação, em que a Comissão de Avaliação Étnico-racial leva em consideração para análise e validação, única e exclusivamente o fenótipo negro (preto ou pardo) do candidato, que é o conjunto de características físicas do indivíduo, predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e os aspectos faciais. Considerações sobre a ascendência são excluídas. Já no caso de comprovação de renda, o envio de documentos como extratos bancários do grupo familiar é necessário. “É mais complexo porque cada família tem um perfil econômico, um tipo de atividade desenvolvida”. Segundo Anita Lacerda, a comprovação é importante para que a política seja aplicada às pessoas que, de fato, tenham direito.“É fundamental que o processo seja criterioso. A gente observa não necessariamente o caso de burlar o direito, mas, às vezes, há desconhecimento da pessoa com base no que a legislação prevê”.

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Kadidja Fernandes

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