Estatais registram maior déficit da história em 2024, com saldo negativo de R$ 8,07 bilhões

As empresas estatais encerraram o ano de 2024 com um déficit primário de R$ 8,073 bilhões, o pior resultado desde o início da série histórica. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) no relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central.

O déficit primário representa a diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo os pagamentos de juros da dívida pública. O resultado reforça a tendência de deterioração fiscal observada nos últimos anos, marcando um agravamento em relação ao déficit de R$ 2,2 bilhões registrado em 2023.

Histórico recente das contas das estatais:

  • 2020: superávit de R$ 3,6 bilhões
  • 2021: superávit de R$ 2,9 bilhões
  • 2022: superávit de R$ 6,1 bilhões
  • 2023: déficit de R$ 2,2 bilhões
  • 2024: déficit de R$ 8,07 bilhões

O setor público consolidado, que inclui União, estados e municípios, também apresentou um déficit significativo de R$ 47,6 bilhões em 2024, o que equivale a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O número, no entanto, representa uma melhora em relação ao déficit de R$ 249,1 bilhões registrado em 2023.

Desempenho dos diferentes segmentos do setor público em 2024:

  • Governo Central: déficit de R$ 45,4 bilhões
  • Estatais: déficit de R$ 8,1 bilhões
  • Governos regionais (estados e municípios): superávit de R$ 5,9 bilhões

Apesar do déficit acumulado ao longo do ano, o mês de dezembro registrou um superávit primário de R$ 15,7 bilhões, revertendo o saldo negativo de R$ 129,6 bilhões do mesmo período de 2023. No último mês do ano, o Governo Central e as estatais apresentaram superávits de R$ 26,7 bilhões e R$ 1 bilhão, respectivamente, enquanto estados e municípios registraram déficit de R$ 12 bilhões.

Os dados reforçam os desafios fiscais enfrentados pelo país, com a necessidade de ajustes para reverter os déficits crescentes das estatais e equilibrar as contas públicas nos próximos anos.

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