Presidente da LALIGA alerta clubes e entidades sobre a ameaça da Superliga A22

Javier Tebas, presidente de La Liga, durante a 5ª edição da Convenção Esportiva ISDE

O presidente da LALIGA, Javier Tebas, fez um novo alerta à comunidade de clubes e entidades da Europa sobre o projeto da A22 para uma Superliga Europeia, enfatizando que o futebol não pode subestimar a ameaça representada pela iniciativa.

A A22, que revelou sua proposta de uma “Unify League” em dezembro, busca reconfigurar a estrutura das competições continentais, criando um torneio com 96 clubes masculinos em quatro divisões, sem rebaixamento ou promoção. No entanto, o modelo esportivo tem sido amplamente criticado por Tebas e outros representantes, que consideram o campeonato elitista e oligárquico.

Em entrevista ao The Guardian, Tebas afirmou que a proposta não deve ser vista como um projeto sério, e acusou os responsáveis de tentar gerar uma instabilidade e incerteza no futebol europeu. “Precisamos estar atentos, pois muitos clubes estão tão ocupados com suas rotinas que não têm tempo de analisar propostas como esta de maneira profunda. As ligas precisam se posicionar de forma firme sobre o problema”, alertou.

O presidente da LALIGA também afirmou que a A22 tem como objetivo pressionar a UEFA, que está atualmente avaliando como lidar com a proposta. Ele questionou a viabilidade financeira do projeto e destacou a importância de uma consulta ampla com todas as partes interessadas do futebol europeu antes de qualquer decisão. “A UEFA não deve ceder, pois o futebol não apoiará esse projeto”, disse.

O alerta de Tebas ocorre em um momento em que a UEFA avalia como proceder em relação à proposta da A22. Uma das possibilidades em análise é autorizar o projeto, permitindo que os clubes decidam se desejam participar da Superliga e de outras competições continentais. No entanto, a UEFA já rejeitou versões anteriores da Superliga e precisou revisar suas regras para a criação de novas competições.

Além disso, o espanhol voltou a criticar a expansão do Mundial de Clubes e a imposição do calendário de jogos da FIFA, com a LALIGA, Fifpro e as Ligas Europeias apresentando uma queixa formal à Comissão Europeia contra os novos formatos e suas consequências para o futebol nacional. Tebas afirmou que o modelo proposto pela FIFA pode ter um impacto negativo nas competições nacionais e nos calendários, comprometendo a base do futebol europeu.

“Seguiremos trabalhando para impedir a realização dos Mundiais de Clubes, mas precisamos aguardar”, disse. “Acredito que, financeiramente, será um desastre, e os sindicatos, assim como as ligas, também rejeitam esse modelo esportivo. Isso impacta os calendários de todas as competições nacionais. O projeto não levou em conta os efeitos colaterais para o restante do futebol. Essas novas competições e formatos são criados sem considerar que a verdadeira base da indústria do futebol está nas ligas nacionais.”


 

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