Secretário diz que uso da tecnologia para o ensino não vai acabar

“A lei não trata sobre a proibição para uso pedagógico. Ela trata sobre o uso que atrapalha as aulas, o aprendizado, a interação entre estudantes”, disse o secretário.

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Leone Iglesias

Apesar da discussão sobre a proibição do uso de aparelhos celulares em escolas, até mesmo em recreios e intervalos, as regras não têm relação quanto ao uso da tecnologia para o ensino. Esse, segundo especialistas, é um caminho sem volta.O secretário de Estado da Educação Vitor de Angelo, reforçou que é preciso separar o uso da tecnologia para fins pedagógicos da discussão sobre a legislação. “A lei não trata sobre a proibição para uso pedagógico. Ela trata sobre o uso que atrapalha as aulas, o aprendizado, a interação entre estudantes. Não vamos abolir a tecnologia das escolas. Se fosse esse o objetivo da lei, estaríamos condenados a retroceder 30 anos, voltando a um período pré-internet, pré-dispositivos eletrônicos. Não é esse o objetivo”.Ele reforçou que o desafio que a lei trata é sobre a dependência de crianças e adolescentes, até mesmo adultos, aos dispositivos. “Diversos estudos têm mostrado que isso que afeta a saúde mental”.Para fins pedagógicos, o secretário reforçou que o Estado tem mantido investimentos na área, com ampliação das chamadas Escolas do Futuro. “Um exemplo também é que vamos iniciar no ensino médio aulas dirigidas para a inteligência artificial, voltado para a garantia da autonomia do estudante para o estudo com as ferramentas”.Em Cariacica, a secretária de Educação do município, Luzian Belisario, também destacou que a tecnologia continua a ser importante ferramenta de aprendizado para os alunos. Ela destacou investimentos que a rede tem feito para modernização e acesso aos estudantes a tecnologias que agreguem no ensino.“Além de computadores e ampliações de laboratórios de informática, este ano temos novos laboratórios maker, mais 50 laboratórios de Ciências. Também temos 100 salas digitais, que são interativas, com uma lousa que projeta imagens em 3D, que pode ser manipulada pelo professor e alunos”. Uma das escolas que recebeu novas tecnologias é a escola municipal Antônio Esteves, em Cariacica, como foi mostrado pela diretora Leanilde Nascimento.A secretária de Educação de Vitória, Juliana Rohsner, ressaltou também que a nova legislação federal não apaga o trabalho que é feito com a tecnologia nas escolas da rede. “Não são coisas concorrentes. Pelo contrário, a gente continua sendo uma rede que acredita no trabalho pedagógico com tecnologia, com uso do tablet, com uso do computador, com uso de ferramentas pedagógicas. A diferença é a intencionalidade do uso da tecnologia, que vai continuar para o aprendizado”.

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