Nego Di vira réu também por fraude em rifa de Porsche no RS; primeira audiência acontece em março

O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, tornou-se réu por estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e promoção de loteria. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) em setembro, e a primeira audiência está marcada para março.

Fraude na rifa de Porsche movimentou milhões

De acordo com a denúncia, Nego Di organizou uma rifa virtual cujo prêmio era um Porsche avaliado em mais de R$ 500 mil. No entanto, o MP sustenta que a suposta vencedora do sorteio sequer existe.

A esposa do influenciador, Gabriela Vicente de Sousa, também virou ré no caso, acusada de lavagem de dinheiro dentro do esquema que movimentou mais de R$ 2,5 milhões em rifas ilícitas.

Ministério Público aponta irregularidades

A investigação revelou que, antes da conclusão do sorteio, Nego Di teria transferido o veículo para terceiros e adquirido o próprio número sorteado. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele aparece tentando ligar para a suposta ganhadora, que não responde às chamadas.

Os investigadores estranharam que, ao discar para o número da vencedora, o celular do influenciador indicava que aquele contato já havia sido compartilhado em dez ocasiões diferentes. Segundo o MP, trata-se de um personagem fictício criado para dar aparência de legalidade ao esquema.

Defesa nega acusações

A advogada de Nego Di e Gabriela, Camila Kersch, afirmou que irá provar a inocência dos clientes com documentos que comprovam a licitude de seus bens e movimentações financeiras.

“Seus bens apreendidos foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio”, disse em nota.

Venda de rifas ilegais é crime

No Brasil, a comercialização de rifas é proibida, exceto quando promovida por entidades beneficentes e devidamente autorizada pelo Ministério da Fazenda.

O MP reforça que os sorteios eram realizados sem controle e transparência, caracterizando lavagem de dinheiro. “Os valores arrecadados ingressavam na conta de terceiros, retornavam para uma empresa e, após aparentarem legalidade, eram utilizados para aquisição de bens”, explicou o promotor Flávio Duarte.

O processo segue na Justiça, e novas diligências devem ser realizadas até a audiência de março.

Fonte: G1

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