Delegado mostra vídeo de tênis falsificado: “só de manusear, já soltou o solado”

Após a operação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), que apreendeu mercadorias falsificadas no Centro de Campo Grande, o delegado Reginaldo Salomão, mostra em vídeo que só de manusear o tênis, um dos produtos apreendidos, o solado se soltou. Veja acima.  A denúncia à polícia sobre a falsificação foi feita pelas próprias marcas por meio de escritórios internacionais. “Apresentar aqui o tipo de produto que nós aprendemos hoje, apenas no manuseio, da retirada das prateleiras e alocação dos sacos, ele já soltou a palmilha”, disse a autoridade policial. As marcas originais têm um padrão rigoroso de produção e qualquer diferença nos elementos que compõem o produto pode ser indicativo de falsificação.  Na terça-feira (4), um dia antes da operação, equipes da Decon e do Procon participaram de workshop para identificar produtos falsificados de diversas marcas. Advogados do BPG (Grupo de Proteção à Marca), organização sem fins lucrativos que combate o mercado ilegal no país, Marcelo Toledo de Camargo e Fernando Bononni, destacaram que os detalhes fazem a diferença na hora de diferenciar entre itens originais e falsos. “Dificilmente produto de uma grande empresa ou marca vai ter alguma falha e o produto falsificado, por muitas vezes, vai trazer falhas de acabamento, de costura, bordado, colagem”, pontua Marcelo, ressaltando os riscos à saúde pelos itens falsos. “Eles podem causar lesão ao consumidor que corre e faz esporte com um tênis falsificado sem nenhuma qualidade. A camiseta pode ter tinta tóxica na composição”, alertaram os advogados.  Operação – Os produtos falsificados apreendidos em operação da Decon  somam aproximadamente R$ 2,3 milhões. Ontem foram fiscalizadas três lojas: das Avenidas Calógeras e Afonso Pena, e também na Rua Barão do Rio Branco com a 14 de Julho. “Muitas peças continham etiquetas de marcas conhecidas, como Nike, Adidas, Diesel, Ray-Ban e Rolex. Algumas tinham inscrições indicando serem fabricadas na China e em Taiwan, enquanto outras apresentavam selos falsificados”, destacou o delegado responsável, Reginaldo Salomão.  O gerente Thiago Rech, da Loja da Avenida Calógeras, foi preso, assim como o proprietário da loja da Afonso Pena. Ambos pagaram fiança e já foram soltos. O advogado de Thiago disse que as mercadorias se tratam de réplicas, mas não deu outros detalhes. Já o advogado Samuel Vera, que representa o dono do estabelecimento na Afonso Pena, disse que não ia se manifestar. O proprietário da loja da Barão do Rio Branco não foi encontrado. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
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