Amigo diz que PM estava de olho em “Bambino”, morto em confronto

Alessandro Rodrigues Rosa, 32 anos, conhecido como Bambino, morto na noite de sábado (8) ao ser baleado três vezes por policiais militares durante um confronto em uma casa no Jardim Noroeste, já estava sendo monitorado pela Polícia Militar. Segundo um amigo de infância da vítima, a polícia já havia realizado pelo menos quatro incursões no local.  Na manhã deste domingo, a casa onde ocorreu o confronto estava vazia, com as portas abertas e o portão trancado. Apenas um cachorro e um galo estavam no quintal. Um vizinho de 30 anos, que se identificou como amigo de infância de Bambino, revelou que Alessandro havia se mudado recentemente para o local, mas que a polícia já havia feito buscas lá diversas vezes.  “A polícia tinha invadido umas quatro vezes a casa atrás dele, inclusive o Choque. Eu já tinha falado pra ele que uma hora ia dar merda”, revelou o amigo que conversou com a reportagem, mas preferiu não se identificar. Outro morador, um idoso que vive em frente ao imóvel, relatou que percebeu a movimentação policial por volta das 21h, mas não ouviu disparos ou sirenes. “Entrei para casa umas 20h e percebi a movimentação da polícia por volta das 21h, mas não saí para ver e também não escutei nada de diferente”, contou. De acordo com o boletim de ocorrência, a PM recebeu uma denúncia de que Bambino estava armado em frente a uma residência na Rua Panamá. Ao chegar, os policiais perceberam um volume suspeito na cintura do homem e tentaram abordá-lo. Ele correu para dentro do imóvel, onde tentou se esconder em um dos quartos. Os militares cercaram a casa e ordenaram que ele se entregasse, mas ele reagiu, sacou uma arma e disparou contra a equipe, que respondeu ao ataque. A Polícia Civil esteve no local e apreendeu as armas utilizadas no confronto, tanto a do suspeito quanto a do policial que efetuou os disparos. O caso foi registrado como desobediência, tráfico de drogas e homicídio decorrente de oposição policial na Depac Cepol.