Dois mil empregos no ES para fabricar parte de navios

Navios-plataforma da Petrobras serão montados no Espírito Santo, após os cascos, em produção na Ásia, serem finalizados | Foto: Divulgação

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A construção de partes de navios-plataformas da Petrobras no Estado vai levar estaleiro a contratar mais 2 mil trabalhadores.O estaleiro Seatrium Aracruz (Jurong) vai atuar na construção de módulos da P-84 e P-85, que serão instaladas, respectivamente, nos campos de Atapu e Sépia, em águas ultraprofundas, no pré-sal da Bacia de Santos. O início de produção dos dois navios-plataformas está previsto entre 2029 e 2030.Empresários do setor de petróleo e gás afirmaram que os cascos dos navios serão fabricados em Singapura e na China, para só depois seguirem para o Brasil.Já módulos das plataformas serão construídos no Estado, já em fase de planejamento, contratação de fornecedores de matéria-prima e estudos e análise de tecnologias.A fabricação dessas partes, segundo especialistas, devem começar em breve, com a necessidade de ampliar a mão de obra já empregada no estaleiro.Um especialista informou que a Seatrium Aracruz deve precisar de até 6 mil funcionários para a construção dos módulos.Mas como o estaleiro já tem entre 3 mil e 3,5 mil trabalhadores, pelo menos mais 2 mil vagas ainda devem ser criadas.Os profissionais, segundo especialistas, são os mais diversos, desde torneiro mecânico, montador, calibrador, soldador, até profissionais para atuar no planejamento, controle, segurança. Haverá oportunidades também para engenheiro mecânico, engenheiro eletricista, engenheiro de instrumentação e outros.Entre os diferenciais para esses projetos dos navios-plataformas está a busca por novas tecnologias a serem empregadas.A expectativa a P-84 e a P-85 sejam ainda mais modernas que navio-plataforma Maria Quitéria – que produziu o seu primeiro óleo em outubro do ano passado, no campo de Jubarte, no pré-sal localizado na porção capixaba da Bacia de Campos.O coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), Valnisio Hoffmann, ressaltou que os módulos dos navios-plataformas P-84 e P-85 representam um investimento estratégico para a indústria de petróleo e gás no Brasil.“Durante a fase de construção, ele enfatizou que há uma alta demanda por mão de obra qualificada, abrangendo engenheiros, técnicos, soldadores e diversos outros profissionais da indústria naval e offshore”.Vice-governador destaca projeto: “Adiciona força à nossa economia”O projeto para construção de partes dos navios-plataformas contratados pela Petrobras no Estado tem sido comemorado pelo governo e quem atua na área.O vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, enfatizou que os projetos do estaleiro Seatrium Aracruz (Jurong) “adicionam muita força à nossa economia”.“Ele é o maior estaleiro do Brasil e está aqui no Espírito Santo. Ele atende demandas da Petrobras, como a P-84, a P-85, que vão representar mais geração de emprego e de oportunidade para capixabas”.Além de atender a Petrobras, ele ainda destacou que o estaleiro atende a Marinha do Brasil. “Nós estamos construindo aqui no Espírito Santo o único navio de pesquisas da Marinha, que vai trabalhar lá na Antártida. Com isso, estimamos que esse estaleiro estará, entre junho e julho, com mais de 5 mil oportunidades de trabalho”, pontuou.Saiba maisNovas plataformasA Seatrium, estaleiro de Singapura, irá construir duas novas plataformas para a Petrobras, P-84 e P-85, após contrato assinado entre as empresas.As duas unidades serão instaladas nos campos de Atapu (P-84) e Sépia (P-85), em águas ultraprofundas (mais de 2 mil metros), no pré-sal da Bacia de Santos, com início de produção previsto entre 2029 e 2030.Terão, cada uma, capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia.CascosSites especializados em petróleo e gás, divulgaram no ano passado que o estaleiro chinês CIMC Raffles foi escolhido pela Seatrium e assegurou os contratos de engenharia, suprimento e construção dos cascos dos navios-plataformas (FPSO).Dessa forma, os cascos serão construídos fora do País e, posteriormente, virão para o País.No EstadoO conteúdo nacional previsto será de 20% na P-84 e 25% na P-85. Aos estaleiros brasileiros, incluindo o estaleiro Seatrium Aracruz (Jurong), caberá a construção de módulos para os navios-plataforma e realização de serviços de integração e comissionamento.Segundo empresários do setor, as notícias são animadoras e módulos já estão em fase de planejamento, contratação de fornecedores, projetos e estudos de tecnologia a ser empregada no estaleiro de Aracruz.De forma geral, especialistas afirmam que cada navio plataforma tem entre 14 e 20 módulos, como de central de energia elétrica, dormitórios, cozinha, tratamento de água, tratamento de gás e óleo, entre outros.EmpregosEspecialistas afirmam que a construção de módulos dos navios-plataforma no Estado deve demandar entre 5 mil e 6 mil trabalhadores para o estaleiro em Aracruz.Como a empresa já tem parte desses profissionais atuando, a estimativa é que sejam criadas outras 2 mil vagas para as obras.Entre os profissionais que serão demandados na fase de construção dos módulos estão montador, calibrador, soldador, ajustador, lubrificador, além de prossionais da área de planejamento e controle, segurança, supervisor, engenheiro mecânico, engenheiro eletricista, engenheiro de instrumentação, e outros.Fonte: Petrobras e especialistas consultados.

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